Juro do consignado em patamar “inviável” traz prejuízos, diz Febraban
Em nota, Febraban criticou a nova diminuição no limite para o empréstimo com desconto na folha, que caiu de 1,8% para 1,76% ao mês
atualizado
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) voltou a se manifestar publicamente contra as recentes reduções do teto de juros do crédito consignado destinado a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em nota divulgada na quinta-feira (11/1), a Febraban criticou a nova diminuição no limite para o empréstimo com desconto na folha, que caiu de 1,8% para 1,76% ao mês.
A decisão também alterou a taxa máxima de juros para operações na modalidade de cartão de crédito e cartão consignado do benefício. O percentual mensal caiu de 2,67% para 2,61%.
Os novos valores passam a valer oito dias úteis após a publicação da resolução no Diário Oficial da União. Depois desse período, bancos e instituições financeiras não poderão ofertar empréstimos e cartões consignados com taxas superiores às definidas nas regras.
“A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entende que fixar o teto de juros em patamar economicamente inviável, como tem ocorrido, acarreta prejuízos aos beneficiários do INSS que apresentam maior risco, caso dos aposentados com idade elevada e de mais baixa renda”, diz a entidade, em nota.
De acordo com a federação de bancos, o consignado tem sido utilizado pelos beneficiários do INSS para pagar dívidas em atraso, despesas médicas e para comprar alimentos. Com a redução da oferta, os clientes têm recorrido a linhas de crédito mais caras, afirma a entidade.
“A Febraban continuará buscando demonstrar que, na prática, as reduções do teto de juros, da forma como vêm ocorrendo, estão tendo efeito danoso para a camada mais vulnerável desse público do INSS, que precisa de crédito em condições mais acessíveis”, diz o comunicado.