Juro do cartão vai a quase 450% ao ano, maior patamar desde 2017
Rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura
atualizado
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A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo disparou para quase 450% ao ano, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30/5) pelo Banco Central (BC).
A taxa saltou de 433,3% ao ano, em março, para 447,5% ao ano, em abril. Trata-se do maior patamar em seis anos, desde março de 2017, quando a taxa era de 490% ao ano.
O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento.
Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais vantajosas, em um prazo de 30 dias.
Segundo especialistas, o rotativo do cartão é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada. A recomendação é a de que os clientes paguem o valor integral da fatura mensalmente.
Devedores no cartão
De acordo com o BC, 84,7 milhões de usuários de cartão de crédito no Brasil tinham saldo devedor em junho de 2022.
Para efeito de comparação, em junho de 2019, eram 64,7 milhões de pessoas nessa situação. O aumento foi de 31% em três anos.
Outras taxas
Ainda segundo o BC, a taxa do parcelado do cartão subiu de 193,2% para 200,7% entre março e abril, uma alta de 7,5 pontos percentuais.
A taxa de juros total do cartão de crédito saltou de 102,4%, em março, para 104,8%, em abril.
A taxa cobrada no cheque especial aumentou de 130% para 134%.
Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu de 44,5% para 45,1% ao ano, entre março e abril. É o maior nível desde agosto de 2017, quando estava em 45,6% ao ano.