Juro alto deve ficar no “retrovisor da história”, diz presidente da Fiesp
Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, voltou a criticar taxa básica de juros da economia em 13,75% ao ano; entidade faz seminário em SP
atualizado
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, voltou a criticar a alta taxa básica de juros da economia brasileira, hoje em 13,75% ao ano.
Em discurso na abertura de um seminário promovido pela Fiesp nesta quinta-feira (25/5) para celebrar o Dia da Indústria, Josué disse que a redução da Selic é necessária para fomentar o crescimento da economia.
“Nós precisamos trabalhar para que esse regime de juros que prevalece no Brasil seja finalmente colocado no espelho retrovisor da nossa história”, afirmou o líder industrial.
Ao comentar os subsídios à indústria anunciados um pouco antes pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, Josué disse que só é possível diminui-los ou até mesmo cortá-los caso os juros caiam.
“Na medida em que praticarmos taxas de juros civilizadas e compatíveis com os países com os quais nós competimos, esses subsídios perdem o propósito e não precisam ser tão grandes ou nem sequer precisam existir”, observou.
Segundo o presidente da Fiesp, o Brasil precisa “corrigir a macroeconomia” e “praticar políticas industriais ativas, como os outros países estão praticando”.
“A indústria, entre 1940 e 1980, alavancou o crescimento nacional. A nossa economia foi catapultada para o grupo das dez maiores economias do mundo. Mas sabemos que aquele modelo já não cabe mais no mundo atual”, prosseguiu Josué. “A neoindustrialização envolve uma indústria digitalizada, baseada em tecnologia e inovação, descarbonizada e integrada às cadeias globais de valor.”