Junto com Bradesco, Febraban entra na briga judicial contra Americanas
Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) pediu que Alexandre de Moraes reconsidere decisão de impedir acesso a e-mails da Americanas
atualizado
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Após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar ao Bradesco o acesso a e-mails de diretores, executivos e conselheiros da Americanas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entrou na Justiça contra a varejista.
A Febraban ingressou como “amicus curiae” na ação que o Bradesco move contra a Americanas. Essa figura jurídica é uma terceira parte que participa do processo para contribuir com materiais para embasar a decisão judicial.
Ontem (16/2), Moraes, por meio de liminar, acatou os argumentos de advogados da Americanas para barrar a chamada “produção antecipada de provas” contra a varejista. Ela havia sido autorizada pela Justiça paulista, em meados de janeiro.
Os advogados da Americanas, contudo, alegaram que a análise das mensagens alcançaria a comunicação entre eles e a diretoria jurídica da empresa. Assim, a perícia violaria o sigilo constitucional profissional.
O Bradesco, porém, observa que jamais houve “qualquer interesse em acessar os e-mails trocados” entre os advogados e a Americanas, para, como alegaram os representantes da varejista, ter acesso a “estratégias processuais”.
A Febraban alega que a Americanas tem adotado estratégias para impedir a investigação das inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões identificadas no balanço. A suspeita é que a empresa teria lançado incorretamente parte das dívidas no resultado financeiro para maquiar o valor do passivo total.
“É indispensável que os participantes dessa ‘inconsistência contábil’, aqueles que estavam dela cientes e que com ela concordaram ou dela tiraram proveito, sejam devidamente responsabilizados”, defendeu a entidade.