J&F oferece R$ 10 bilhões por fatia da Novonor na Braskem
Holding da família Batista entrou na disputa pela empresa que inclui a Unipar, a Apollo-Adnoc e a Petrobras, que tem preferência no negócio
atualizado
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A J&F, a holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, formalizou uma proposta pela fatia de controle da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica Braskem. O grupo está disposto a pagar R$ 10 bilhões à vista no negócio.
A oferta foi feita na noite desta terça-feira (11/9), segundo o jornal Valor Econômico. As ações da Braskem foram dadas em garantia em troca de empréstimos concedidos pelos bancos Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e BNDES.
Nos últimos meses, diversos grupos empresariais fizeram propostas pela parcela da Novonor na Braskem. A Unipar, por exemplo, ofereceu R$ 10 bilhões pelo controle da petroquímica. Nesse caso, a família Odebrecht seguiria como acionista, mas com 4% de participação. Hoje, detém 38,3%.
Unidas, a gestora americana Apollo e a petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos (Adnoc) também estão no páreo. Elas se dispuseram a pagar pouco mais de R$ 47 por ação da Braskem, sendo R$ 20 em dinheiro, R$ 20 por emissão de títulos de dívida e R$ 7,14 em contratos que dão direito a compra de ações.
A Petrobras, que detém 47% das ações ordinárias (com direito a voto) da Braskem, anunciou na segunda-feira (10/7) que também está interessada em analisar os números da petroquímica. A petroleira tem o direito de preferência de compra da companhia.
Na noite desta terça-feira (12/7), o governo de Alagoas divulgou comunicado informando que a dívida da petroquímica com o estado não está equacionada. Ela seria superior a R$ 20 bilhões. A gestão alagoana, que afirma ser a maior credota da empresa, questionou o fato de não estar participando das negociações da companhia.