Itaú e Santander seguem Bradesco e aumentam projeção para o PIB
O Itaú projeta um crescimento de 1,4% em 2023, enquanto o Santander estima alta de 1% do PIB; os dois bancos estimam uma inflação de 6%
atualizado
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Depois de o Bradesco anunciar a revisão de sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023, de 1,5% para 1,8%, agora foi a vez de Itaú e Santander melhorarem suas projeções para a economia do país.
Para o Itaú, o Brasil avançará 1,4% neste ano, ante 1,1% da estimativa anterior divulgada pelo banco. Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção caiu de 6,1% para 6% em 2023.
“Os bons resultados de curto prazo e a diminuição do risco de uma deterioração mais forte do mercado de crédito contribuíram para a melhora das expectativas do PIB deste ano”, anota o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, em relatório enviado aos clientes. “Nossa projeção de crescimento do PIB em 2024 se manteve estável em 1%, com a atividade ainda sentindo os efeitos da política monetária contracionista.”
O Santander, por sua vez, também refez as contas e agora projeta um crescimento de 1% do Brasil em 2023, ante 0,8% da estimativa anterior.
O banco destaca uma atividade mais forte do que o esperado no primeiro trimestre deste ano, principalmente por causa do aumento do PIB agrícola.
Para a inflação, o Santander espera que o país termine o ano com o IPCA em 6% (a projeção anterior era de 6,1%).
“Contribuiu também para a revisão altista a expectativa de impactos secundários da renda agrícola sobre indústria e serviços, além das condições de emprego resilientes e a resultante sustentação gerada para a demanda doméstica”, diz o banco.
De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), que colhe a opinião do mercado, o Brasil deve fechar o ano com crescimento de 1%. A inflação deve encerrar 2023 em 6,05%.