Itaú e C6 reveem estimativas e projetam Selic em 11,75% no fim do ano
Novas projeções foram divulgadas depois da redução de 0,5 ponto percentual da Selic. Bank of America, dos EUA, tambêm vê juros em 11,75%
atualizado
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Itaú Unibanco e C6 Bank revisaram suas estimativas para a taxa básica de juros em 2023, depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar uma redução de 0,5 ponto percentual na Selic, de 13,75% para 13,25% ao ano.
A nova projeção do Itaú Unibanco é a de que a taxa de juros no Brasil vai terminar este ano abaixo de 12%, em 11,75% ao ano. A estimativa anterior do banco era de 12% ao ano.
O Itaú chamou atenção para uma decisão apertada no Copom, com cinco votos favoráveis à queda de 0,5 ponto percentual e quatro favoráveis à de 0,25 ponto percentual, destacando “a rara margem de um voto, e com uma minoria (considerável) optando por um movimento parcimonioso”.
“Na verdade, os argumentos apresentados no comunicado, em nossa opinião, poderiam facilmente ter sido usados para justificar um movimento de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), mas a opinião da maioria foi mais otimista”, afirma o banco.
Ainda segundo o Itaú, “não é possível descartar que ocorra aceleração ao final do ano ou antes”.
C6 Bank
Além do Itáu, outro banco brasileiro, o C6 Bank, reduziu suas projeções para a Selic em 2023, também de 12% para 11,75% ao ano.
“Apesar do dissenso nesta última reunião, a comunicação do comitê foi nítida em indicar, com a concordância de todos os seus membros, quedas de 50 pontos-base (0,5 ponto percentual) ao longo das próximas reuniões”, diz o C6.
“Esperamos cortes de 50 pontos-base para as reuniões restantes do ano. Projetamos agora a Selic em 11,75% ao final de 2023 e 9,25% ao final de 2024”, afirma o banco digital.
Bank of America
A queda dos juros no Brasil também repercutiu no exterior. O Bank of America, um dos maiores dos Estados Unidos, informou que manteve sua projeção de 11,75% ao ano para a Selic no fim de 2023.
“Diante da deterioração do mercado de crédito, da desaceleração da atividade e da desaceleração da inflação, esperamos cortes de 50 pontos-base por reunião à frente, chegando a 11,75% ao final de 2023 e 9,5% em 2024”, afirma o banco americano.