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Itaú calcula que mudança de meta da inflação pode levar juros a 15%

Hoje, os juros básicos estão em 13,75% e o centro da meta da inflação é de 3%. Há duas semanas, Lula defendeu que fosse elevada para 4,5%

atualizado

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Javier Ghersi/ Getty Images
Ilustração utilizando graficos para mostrar alta da inflação
1 de 1 Ilustração utilizando graficos para mostrar alta da inflação - Foto: Javier Ghersi/ Getty Images

Um estudo realizado pelo bando Itaú indica que o Banco Central (BC) pode ser obrigado a subir os juros básicos da economia, a Selic, para 15% já no segundo semestre desse ano, caso o governo resolva elevar a meta da inflação para 4,5% a partir de 2024. Esse aumento poderia ocorrer na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em junho.

Hoje, o centro da meta da inflação é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual. O BC fixou a Selic em 13,75% ao ano. O número será objeto de discussão nessa quarta-feira (1º/2) em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A maioria dos analistas, porém, acredita que a taxa permanecerá no atual patamar.

Já o estudo do Itaú parte do pressuposto de que uma mudança na meta levaria a um ajuste, nas mesmas proporções, de todas as variáveis nominais da economia. Isso incluiria os juros nominais. Ou seja, se a meta sobe em 1,5 ponto percentual, os juros nominais também avançam na mesma toada.

E há uma agravante. Se a mudança da meta for percebida pelo mercado como uma condescendência do governo com a estabilidade de preços, as expectativas de inflação podem aumentar ainda mais.

Nesse caso, as expectativas fariam com que as taxas de inflação também subissem. O Banco Central, nesse contexto, seria obrigado a aumentar os juros para conter esse aumento. Ou seja, o processo funcionaria como uma espécie de bola de neve, em que previsão se transformam em mais inflação e assim sucessivamente.

Toda essa discussão ocorre porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas recorrentes ao BC e, há duas semanas, defendeu uma meta de inflação mais alta, de cerca de 4,5%, ante os atuais 3%.

Os integrantes da equipe econômica, contudo, dizem que não haverá alterações. Na tarde desta terça-feira (31/1), foi a vez do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, apagar o incêndio. Ele afirmou que a mudança no regime de metas não está em discussão na pasta.

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