IPCA: puxada por alimentos, inflação fica em 0,28% em novembro
No acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país foi de 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%, segundo o IBGE
atualizado
Compartilhar notícia
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% em novembro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de novembro mostra que a inflação acelerou em relação a outubro, quando foi de 0,24%.
No segundo semestre, houve queda de preços em junho, quando o IPCA teve deflação de 0,08%. Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.
Em julho, o índice foi de 0,12%. Em agosto, de 0,23%. Em setembro, de 0,26%.
No acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país foi de 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.
O resultado veio praticamente em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,3% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,7%. Divulgado há duas semanas, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,33% em novembro.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,51%, abaixo do teto da meta definida pelo CMN.
Alimentação e bebidas puxam índice em novembro
Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta em novembro. A maior variação (0,63%) veio do segmento de alimentação e bebidas. Os grupos habitação (0,48%) e transportes (0,27%) também avançaram. Os demais grupos ficaram entre -0,5% de comunicação e 0,58% de despesas pessoais.
Em novembro, a alimentação no domicílio subiu 0,75%, influenciada pelas altas da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Pelo lado das quedas, os destaques ficaram com o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).
A alimentação fora do domicílio (0,32%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,42%).
Preços de energia elétrica sobem
No grupo habitação, que avançou 0,48%, os preços da energia elétrica residencial (1,07%) subiram, principalmente por causa de reajustes em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
Ainda no segmento de habitação, houve alta da taxa de água e esgoto (1,02%), influenciada por reajustes em Fortaleza e no Rio de Janeiro.
Passagem aérea sobe forte
No grupo dos transportes (0,27%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea, que avançaram 19,12%.
Em relação aos combustíveis, houve recuo de 1,58% em novembro. O óleo diesel (0,87%) e o gás veicular (0,05%) subiram, enquanto os preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) recuaram.
Veja a variação de todos os grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,63%
- Despesas pessoais: 0,58%
- Habitação: 0,48%
- Transportes: 0,27%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,08%
- Educação: 0,02%
- Vestuário: -0,35%
- Artigos de residência: -0,42%
- Comunicação: -0,5%