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IPCA de janeiro fica em 0,42%, patamar acima do esperado pelo mercado

Mediana da projeção dos analistas econômicos apontava que indicador, que mede a inflação oficial do Brasil, não ultrapassaria 0,34%

atualizado

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Mercado - inflação - IPCA - Alimentos
1 de 1 Mercado - inflação - IPCA - Alimentos - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,42%, acima da projeção do mercado, que esperava 0,34%. Ainda assim, o indicador, que mede a inflação oficial do país, ficou 0,14 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,56%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,51%, inferior aos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 p.p.) vieram do grupo “alimentação e bebidas”, que acelerou em relação ao resultado de dezembro (1,11%). Na sequência, destaca-se a alta de “saúde e cuidados pessoais” (0,83% e 0,11 p.p.).

Por sua vez, o grupo “transportes” registrou queda no índice de janeiro (-0,65% e -0,14 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de “comunicação” e o 0,82% de “despesas pessoais”.

O grupo “alimentação e bebidas” registrou alta de 1,38% em janeiro, após subir 1,11% em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,81%, influenciada pelas altas da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,53%). Tanto o lanche (0,32%) como a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas do que as registradas em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente).

Saúde é outra vilã

Em “saúde e cuidados pessoais” (0,83%), os itens de higiene pessoal subiram 0,94%, influenciados pelas altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%). O plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram alta em janeiro.

No grupo “habitação” (0,25%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,64%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro.

Ainda em “habitação”, a alta da taxa de água e esgoto (0,83%) variou com reajustes tarifários aplicados nas seguintes áreas de abrangência da pesquisa: de 31,75% em São Luís (25,61%), a partir de 5 de janeiro; reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (5,55%), a partir de 1º de janeiro, e de 4,18% em Campo Grande (3,65%), a partir de 3 de janeiro. Em gás encanado (0,22%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: de 3,30% em São Paulo (2,27%), a partir de 10 de dezembro; redução média de 0,45% no Rio de Janeiro (-0,46%) a partir de 1° de janeiro; e redução de 6,82% em Curitiba (-6,38%), também a partir de 1º de janeiro.

Queda da passagem aérea

No grupo “transportes” (-0,65% e -0,14 p.p.), houve queda na passagem aérea, subitem com maior impacto individual no índice do mês (-15,22% e -0,15 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve recuo nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 1,25% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (3,95%) e de 4,61% em Salvador (4,31%).

Ainda em “transportes”, a variação do ônibus urbano (-0,92%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (15,89%), a partir de 29 de dezembro; em Vitória (2,27%), reajuste de 4,53%, a partir de 14 de janeiro; e em São Paulo (-13,66%), pela aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (12,73%) e metrô (12,73%) a partir de 1º de janeiro. Por conta das informações mencionadas, a integração transporte público caiu 6,34% nessa área.

Quando analisados as áreas investigadas pela pesquisa, somente Brasília (-0,36%) teve variação negativa em janeiro, influenciado pela queda nos preços da passagem aérea (-21,31%). Já a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (1,10%), por conta da alta do ônibus urbano (15,89%).

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