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IPCA: batata é a “bicampeã” entre os vilões da inflação de junho

Preços do leite longa vida e do café moído também registraram forte alta no mês passado. Aumento dos perfumes e planos de saúde foi destaque

atualizado

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Várias batatas inteiras vistas de cima - Metrópoles
1 de 1 Várias batatas inteiras vistas de cima - Metrópoles - Foto: Unsplash

A batata inglesa, o leite longa vida e o café moído. Esses foram os principais vilões da inflação em junho, dentro do grupo de “Alimentação e bebidas”, responsável pela maior alta da taxa no mês passado. O detalhe é que os três produtos são reincidentes. Eles já estavam na lista de destaques entre os “malfeitores” de maio.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (10/7), o grupo de “Alimentação e bebidas” apresentou alta de 0,44% em junho. 

O número foi menor do que o registrado em maio, quando subiu 0,66%. Ainda assim, ele contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, e subiu 0,21% em junho.

De acordo com o IBGE, em junho, foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacaram-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

Lanches em queda

Ainda no grupo de “Alimentação e bebidas”, a alimentação fora do domicílio (0,37%) registrou variação menos intensa na comparação com o mês anterior (0,50%). Os subitens “lanche” e “refeição” caíram de 0,78% para 0,39%, e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.

O grupo “Saúde e cuidados pessoais”, com alta de 0,54%, foi influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%. A alta dos planos de saúde (0,37%) também teve peso no indicador e foi resultado do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. 

“Transportes” têm maior baixa

No grupo “Transportes”, que teve queda de 0,19%, a maior entre os nove segmentos pesquisados pelo IBGE, houve queda na passagem aérea (-9,88% e -0,06 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.

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