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IPCA atingiu a mínima do ano e deve voltar a subir, dizem analistas

Segundo economistas, deflação em junho teve influência de programa de barateamento de carros. Núcleo de inflação ainda preocupa

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A deflação de 0,08% registrada em junho no Brasil, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ser o patamar mínimo do indicador em 2023. A tendência, segundo analistas ouvidos pelo Metrópoles, é que a inflação volte a subir a partir deste segundo semestre.

“Junho deve marcar a mínima recente do IPCA anual, que vai passar a subir no 2º semestre, principalmente pelo efeito base que foi bastante baixo em julho, agosto e setembro do ano passado depois das reduções temporárias do governo passado nos impostos”, afirma Marco Caruso, economista-chefe do PicPay.

“Dito isso, mantivemos a projeção em 4,9% para 2023 desde a última revisão do nosso cenário. A boa dinâmica dos alimentos dos bens industriais e do câmbio, além das atuações do governo sobre certos preços, explicam boa parte dessa mudança”, diz o economista.

Programa para carros influenciou

Para André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, o programa de barateamento dos preços de carros criado pelo governo federal foi decisivo para a deflação verificada em junho – o grupo de transportes esteve entre os que mais influenciaram o resultado geral do IPCA. Com o fim do programa, os preços devem voltar a subir.

“Boa parte da pressão de baixa desse IPCA foi em relação ao programa do governo para adquirir carro novo, o que acabou pressionando bem o IPCA. Como o programa se encerrou, essa tendência não deve se manter”, afirma Fernandes.

“É importante lembrar que, na variação anual, o ano passado teve três meses de deflação (julho, agosto e setembro) que ainda estão na conta dos últimos 12 meses. Conforme passarem esses meses, a variação anual tende a voltar a subir”, projeta.

Núcleos ainda preocupam

André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, chama atenção para uma certa preocupação com os núcleos de inflação – que excluem a variação de preços de alimentos e energia.

O núcleo de inflação capta a tendência dos preços, desconsiderando oscilações causadas por choques temporários. Trata-se de uma medida de inflação desenhada para detectar mudanças causadas por pressões de demanda sobre a capacidade produtiva, por choques permanentes nos preços ou por alterações nas expectativas de inflação.

“Apesar da variação negativa, quando olhamos para o núcleo da inflação, medida que desconsidera os componentes mais voláteis, a leitura se torna um pouco menos otimista”, alerta. “A média dos núcleos da inflação avançou 0,2%, acima da expectativa da XP Investimentos, que era de 0,11%. E a média de serviços subjacentes avançou 0,67%, acima da projeção de 0,43%.”

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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