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IPCA: alimentação, bebidas e transportes derrubam preços em junho

Queda foi puxada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em domicílio, que despencaram 1,07% após estabilidade em maio

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1 de 1 Proteínas, alimentação, comida, emegrecimento - Metrópoles - Foto: Akacin Phonsawat/Getty Imagens

Como já era esperado pelo mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou deflação (queda de preços) de 0,08% em junho deste ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi impulsionado pela queda nos grupos de alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), além de artigos de residência (-0,42%).

No caso do primeiro grupo, a queda foi puxada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em domicílio, que despencaram 1,07% após registrar estabilidade em maio.

Os principais destaques ficaram com as reduções de preços de óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,1%). Batata-inglesa (+6,43%) e alho (+4,39%), por sua vez, subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), sobretudo por causa de altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%). Em maio, as variações desses subitens haviam sido de 0,71% e 0,47%, respectivamente.

No grupo de transportes, o recuo de 0,41% (-0,08% em maio) foi influenciado pela queda nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%).

O recuo dos combustíveis (-1,85%) também pesou, puxado pelas quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas avançaram 10,96%.

Segundo André Almeida, analista do IBGE, os dois grupos representam o maior peso da cesta de consumo das famílias, equivalendo a 42% do IPCA. “A queda nos preços desses dois grupos foi o que mais contribuiu para esse resultado de deflação no mês de junho”, afirmou.

“Nos últimos meses, os preços dos grãos, como a soja, caíram. Isso impactou diretamente o preço do óleo de soja e, indiretamente, os preços das carnes e do leite, por exemplo. Essas commodities são insumos para a ração animal e um preço mais baixo contribui para reduzir os custos de produção. No caso do leite, há também uma maior oferta no mercado”, analisa.

Habitação tem maior alta

A maior variação positiva entre todos os grupos pesquisados foi a de habitação, que ficou em 0,69% em junho. A maior contribuição para o índice geral (0,06 ponto percentual) veio da energia elétrica residencial (1,43%). A taxa de água e esgoto (1,69%) também avançou.

Veja a variação de todos os grupos pesquisados

  • Habitação: 0,69%
  • Despesas pessoais: 0,36%
  • Vestuário: 0,35%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,11%
  • Educação: 0,06%
  • Comunicação: -0,14%
  • Transportes: -0,41%
  • Artigos de residência: -0,42%
  • Alimentação e bebidas: -0,66%
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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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