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IPCA-15: prévia da inflação desacelera e fica em 0,31% em janeiro

O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 ficou em 0,4%. Alimentação e bebidas puxam alta

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,31% em janeiro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 ficou em 0,4%.

Em novembro, o índice ficou em 0,33%Em outubro, em 0,21%.

O IPCA-15 veio abaixo das expectativas do mercado financeiro. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava índice de 0,47% em janeiro.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 ficou em 4,47%, desacelerando em relação aos 4,72% registrados até dezembro. A projeção do consenso Refinitiv era a de que o índice ficasse em 4,63%.

Em janeiro de 2023, o IPCA-15 havia ficado em 0,55%.

Alimentação e bebidas puxam alta nos preços

De acordo com o levantamento do IBGE, sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 ponto percentual) vieram do segmento de alimentação e bebidas.

O grupo de saúde e cuidados pessoais (0,56%) acelerou em relação a dezembro, enquanto habitação (0,33%) registrou alta menos intensa em janeiro. O grupo de transportes recuou 1,13% no primeiro mês de 2024. As demais variações ficaram entre a queda de 0,03% de comunicação e a alta 0,56% de despesas pessoais.

Passagem aérea recua

No grupo transportes, houve queda nos preços da passagem aérea. O subitem é o que teve o maior impacto individual no índice do mês (-15,24% e -0,16 ponto percentual).

Em relação aos combustíveis, houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de dezembro a 14 de janeiro de 2024 e comparados com aqueles vigentes de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2023.

O indicador se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Veja a variação de preços por grupo pesquisado

  • Alimentação e bebidas: 1,53%
  • Despesas pessoais: 0,56%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,56%
  • Educação: 0,39%
  • Habitação: 0,33%
  • Artigos de residência: 0,26%
  • Vestuário: 0,22%
  • Comunicação: -0,03%
  • Transportes: -1,13%

Análise

Para Maykon Douglas, economista da Highpar, os dados da prévia da inflação em janeiro, em princípio, não devem mudar a rota do Banco Central (BC) em relação à taxa de juros.

“Até o momento, os recentes números de inflação possuem efeito neutro para a política monetária, uma vez que se mantém o plano de voo do BC para os cortes de juros”, afirma. “Mas vale notar que esses dados mostram uma cara mais feia não apenas para alimentos, mas também para os serviços. O processo de desinflação continua, mas é preciso atenção.”

Igor Cadilhac, economista do PicPay, tem avaliação semelhante. “De modo geral, podemos separar o IPCA-15 de hoje em duas perspectivas: a boa, que provavelmente reduzirá as expectativas de 2024 por meio de itens voláteis, e a ruim, que é o qualitativo pior para a política monetária. Diante disso, o Copom deve seguir com cortes de 50 pontos-base”, diz.

“Eventuais riscos de baixa seguem vindo, principalmente, do bom contágio dos preços de bens sobre os demais; do comportamento dos núcleos e sua inércia; e do combate à inflação de forma sincronizada mundo afora”, completa Cadilhac.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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