IPCA-15: inflação acelera 0,33% em novembro, puxada por alimentos
Indicador que oferece uma prévia para o aumento de preços no país teve elevação acima do esperado, mas caiu em relação ao mesmo mês de 2022
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação, subiu 0,33% em novembro. O resultado representou uma aceleração em relação a outubro, quando o indicador registrou elevação de 0,21%. O dado de novembro também ficou acima das previsões do mercado, que giravam em torno de 0,30%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (28/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da elevação sobre outubro, a nova taxa do IPCA-15, de 0,33%, em novembro, foi a menor para este mês desde 2019, quando apresentou um avanço de 0,14%. Em novembro do ano passado, o indicador havia subido 0,53%. Ou seja, bem acima do nível atual.
Considerados os 12 meses até novembro, o índice registrou alta de 4,84%, ante 5,05% do acumulado em 12 meses, mas até outubro. Neste ano, o indicador acumula um aumento de 4,30%, número que está abaixo do limite máximo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2023, que é de 4,75%.
Alta dos alimentos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito registraram alta em novembro. A elevação mais expressiva veio do segmento de “alimentação e bebidas”, com variação de 0,82% e impacto negativo de 0,17 ponto percentual no indicador.
Os grupos “despesas pessoais” (0,52%) e “transportes” (0,18%) também apresentaram alta e contribuíram com, respectivamente, 0,05 ponto percentual e 0,04 ponto percentual, para a elevação do IPCA-15. Houve queda, contudo, no grupo de “comunicação”, de 0,22%, que recuou pelo terceiro mês consecutivo. Veja neste link detalhes das variações por segmento do IPCA-15 em novembro.
O que é o IPCA-15
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de outubro e 14 de novembro e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 13 de outubro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.