Investimentos estrangeiros no Brasil caem 61% em setembro
Eles somaram US$ 3,75 bilhões neste ano, contra US$ 9,62 bilhões em 2022. Mas déficit nas contas externas diminuiu nos 9 meses de 2023
atualizado
Compartilhar notícia
Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira ficaram em US$ 3,75 bilhões em setembro deste ano, ante US$ 9,628 bilhões no mesmo mês do ano passado. A queda entre os dois períodos foi de 61%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (6/11), pelo Banco Central.
Ainda de acordo com o BC, em setembro, houve ingresso líquido de Investimentos Diretos no País (IDP) de US$ 3,4 bilhões em participação no capital e de US$ 368 milhões em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 60 bilhões (2,89% do PIB) em setembro de 2023, ante US$ 65,9 bilhões (3,21% do PIB) no mês anterior e US$ 72,1 bilhões (3,91% do PIB) em setembro de 2022.
Fazem parte do IDP os recursos destinados à participação no capital e os empréstimos diretos concedidos por matrizes de empresas multinacionais a suas filiais no país e vice-versa. O retorno de investimento brasileiro no exterior também integra essas estatísticas.
Transações correntes
Já o déficit nas transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil diminuiu. Ele ficou em US$ 1,4 bilhão em setembro de 2023, ante US$ 6,9 bilhões em setembro de 2022. Na comparação interanual, o superávit comercial aumentou US$ 5,2 bilhões.
O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em setembro de 2023 somou US$ 39,8 bilhões (1,92% do PIB), ante US$ 45,4 bilhões (2,21% do PIB) no mês anterior e US$ 56,9 bilhões (3,09% do PIB) em setembro de 2022.
A balança comercial de bens registrou superávit de US$ 7,2 bilhões em setembro de 2023, ante saldo positivo de US$ 2,1 bilhões em setembro de 2022. As exportações de bens totalizaram US$ 28,7 bilhões, redução de 5,2% na comparação interanual. As importações de bens diminuíram 23,8%, na mesma base de comparação, totalizando US$21,5 bilhões.
O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).