Investigado, dono da Louis Vuitton deixa de ser 2º mais rico do mundo
Bernard Arnault, dono do grupo de artigos de luxo LVMH, que detém marcas como Louis Vuitton, Dior e Givenchy, foi superado por Jeff Bezos
atualizado
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O bilionário francês Bernard Arnault, dono do grupo de artigos de luxo LVMH (que detém marcas como Louis Vuitton, Dior e Givenchy), não é mais a segunda pessoa mais rica do mundo. Ele perdeu o posto para Jeff Bezos, fundador da Amazon, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, a lista de bilionários atualizada pela Bloomberg.
Segundo a publicação, a fortuna de Arnault caiu mais de US$ 6,8 bilhões desde a semana passada. Seu patrimônio atual é de US$ 155,1 bilhões (quase R$ 785 bilhões), enquanto o de Bezos soma US$ 156,3 bilhões (R$ 791 bilhões).
O dono da Louis Vuitton havia se tornado o homem mais rico do planeta no fim de 2022, quando deixou para trás Elon Musk, dono da Tesla, da Space X e do X (antigo Twitter). Em maio deste ano, Musk recuperou a liderança.
De acordo com a Bloomberg, uma das explicações para a diminuição da fortuna de Bernard Arnault é a queda na demanda por produtos de luxo em 2023, em meio à preocupação global com a inflação e uma possível recessão nos Estados Unidos, além da desaceleração da economia da China.
As ações da LVMH despencaram cerca de 10% na Bolsa de Valores de Paris na semana passada, embora tenham se recuperado na segunda-feira (16/10). No acumulado do ano, a queda dos papéis é de 2%.
Musk e Bezos, por sua vez, foram beneficiados pela recuperação das ações de empresas de tecnologia. Em 2023, o dono do X somou US$ 96,8 bilhões à sua carteira, com uma disparada de mais de 100% dos papéis da Tesla.
A fortuna de Bezos aumentou US$ 49,3 bilhões neste ano, impulsionada pelo avanço de 60% nas ações da Amazon.
Investigação
Como noticiado pelo Metrópoles no fim de setembro, Bernard Arnault está sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro pelas autoridades francesas. Além de Arnault, o oligarca russo Nikolai Sarkisov também é alvo das investigações.
De acordo com o jornal Le Monde, o procedimento foi aberto a partir de um relatório da unidade de inteligência financeira do Ministério da Economia da França sobre operações suspeitas dos dois bilionários em uma cidade turística na região dos Alpes.
Segundo o jornal francês, Sarkisov teria comprado, em 2018, 14 propriedades imobiliárias na região por 16 milhões de euros, por meio de uma complexa rede de empresas de França, Luxemburgo e Chipre.
Oficialmente, a compradora era a empresa La Flèche, de propriedade do oligarca russo, de acordo com a investigação. Para financiar essas operações, Arnault teria transferido 18,3 milhões de euros para Sarkisov.
Segundo os investigadores, essa estrutura buscava “esconder a origem exata dos fundos” e “disfarçar o beneficiário efetivo de todas essas operações, ou seja, Bernard Arnault”.