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Investidor vê menor risco de recessão nos EUA e Bolsa sobe no Brasil

Calmaria no ambiente externo e contenção de manifestantes golpistas melhoram a percepção de risco para a Bolsa brasileira nesta terça-feira

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Fábio Vieira/Metrópoles
Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A terça-feira (10/1) foi de relativa calmaria no mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira, fechou o dia em alta de 1,5%, aos 110.817 pontos.

Os investidores reagiram bem ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. A fala, em si, não trouxe nenhuma novidade, mas o simples fato de Powell não ter citado novas altas nos juros já foi suficiente para alimentar o otimismo.

Sem uma indicação clara de maior aperto monetário, o mercado americano respirou aliviado. Mesmo porque o Fed vem promovendo uma escalada histórica dos juros básicos, com sete altas consecutivas. A última delas ocorreu em 14 de dezembro, com elevação de 0,50 ponto percentual. Com o aumento, a taxa passou ao intervalo entre 4,25% e 4,50%, o maior patamar em 15 anos.

A política de juros dos Estados Unidos influencia o mercado brasileiro, pois os juros altos direcionam o fluxo de recursos de investidores para a maior economia do mundo. Para os mercados emergentes, como o Brasil, isso significa duas coisas: desvalorização da moeda local e queda da Bolsa.

Dado que os Estados Unidos podem não aumentar os juros muito além do patamar atual, cai a probabilidade de uma recessão longa no país. Essa expectativa fomentou uma alta dos índices das bolsas americanas, que avançaram até 1% hoje.

Clima de instabilidade diminui no Brasil

No Brasil, a responsabilização de pessoas que participaram dos atos antidemocráticos em Brasília no domingo (8/1) deu sinais de que o ímpeto golpista pode durar pouco.

Os investidores acompanham com preocupação eventos pontuais, como a derrubada de duas linhas de energia no Paraná e em Rondônia, mas sem vislumbrar um clima insurgente que se espalhe pelo país.

As ações de empresas do setor de energia estiveram entre o pequeno grupo de ativos que encerrou o pregão com desvalorização.

A Eletrobras teve queda de 1,6%, no pior desempenho da Bolsa de Valores. O risco para o setor levou a uma queda de empresas do mesmo setor, como a Copel, distribuidora de energia estatal do Paraná, e a EDP, distribuidora do interior de São Paulo. Ambas ações recuaram em torno de 0,4%.

“Como a empresa é uma gigante do setor, esses ativos representam uma parte ínfima dos seus resultados. Adicionalmente, é de se esperar que a Eletrobras busque alguma compensação para o fato, que não tem relação direta com a gestão dos ativos”, observa Bernardo Viero, analista da Suno.

Dólar

O dólar terminou a sessão desta terça-feira (10/1) em forte queda.

Depois de subir na véspera, a moeda americana recuou 1,06% e fechou o dia negociada a R$ 5,202.

 

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