Intenção de consumo das famílias sobe 2,6% em junho, diz CNC
Intenção de consumo das famílias também ficou 21% acima do ano passado. Melhora na renda e inflação menor contribuem para resultado
atualizado
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A Intenção de Consumo das Famílias subiu 2,6% em junho na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22/6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O índice chegou a 97,3 pontos em junho.
Na comparação com junho de 2022, a alta foi de 21,3%.
Segundo a CNC, os sete tópicos pesquisados para a formação do indicador tiveram alta no mês. Frentes como emprego, renda, perspectiva de consumo e acesso a crédito melhoraram no indicador.
“Os dados da ICF mostram que os consumidores brasileiros estão mais confiantes no futuro do emprego, especialmente os de menor renda e as mulheres, que foram os mais afetados pela crise econômica”, disse em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Mercado de trabalho
Tadros afirma que contribuem para o cenário aspectos como a queda na inflação, que tem ficado abaixo das expectativas, e o aumento de vagas formais no mercado de trabalho.
Em parte pela criação de vagas formais, a “perspectiva profissional”, um dos critérios usados pela CNC no indicador, teve a maior alta em junho, subindo 4,9% frente a maio e 14,4% na comparação com o ano passado. A CNC afirma que setores de serviços e construção civil têm tido alta nas vagas formais e contratação de pessoas com menor escolaridade, o que amplia as perspectivas profissionais da massa de trabalhadores.
A instituição aponta, por outro lado, que ainda há dificuldade no acesso ao crédito, sobretudo para bens mais caros.
“Isso demonstra que, mesmo que o consumidor esteja mais animado com as compras a prazo, principalmente por estar mais seguro no emprego, o crédito seleto e caro limita a aquisição desse tipo de produto”, disse a economista da CNC, Izis Ferreira.
O consumo das famílias é um dos elementos mais observados na economia e representa dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pelo lado da demanda.