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Inflação: resultado é bom, mas acende alerta em 2024, dizem analistas

Apesar de ter terminado o ano passado abaixo do teto da meta, inflação em dezembro acelerou forte em relação ao mês anterior, segundo o IBGE

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Imagem colorida de calculadora e uma caneta sobre uma folha que exibe um gráfico com indicadores econômicos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de calculadora e uma caneta sobre uma folha que exibe um gráfico com indicadores econômicos - Metrópoles - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Pela primeira vez depois de três anos, a inflação no Brasil ficou dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,62%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11/1).

Segundo analistas do mercado ouvidos pela reportagem do Metrópoles, o resultado da inflação brasileira neste ano foi satisfatório, mas a aceleração do índice em dezembro é motivo de preocupação.

No último mês do ano passado, o IPCA ficou em 0,56%, ante 0,28% de novembro. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,48% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,54%.

“Do ponto de vista qualitativo, a leitura não foi favorável. A piora na média dos núcleos sugere um cenário desinflacionário menos consistente no curto prazo. Diante disso, é provável uma menor expectativa de uma redução mais rápida da taxa Selic”, afirma Igor Cadilhac, economista do PicPay.

“Eventuais riscos de baixa seguem vindo, principalmente, do bom contágio dos preços de bens sobre os demais, incluindo petróleo; do comportamento dos núcleos e sua inércia; e do combate à inflação de forma sincronizada mundo afora”, explica Cadilhac. “Do outro lado, temos monitorado o mercado de commodities agrícolas e softs, incluindo os eventuais efeitos do El Niño sobre cereais, leguminosas e oleaginosas, e os aumentos salariais, dado o baixo desemprego, os ganhos reais recentes e a regra do salário mínimo.”

Segundo André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, o dado de inflação de dezembro “veio pior que o esperado por causa da inflação de alimentos, que pressionou essa alta do índice”. “A inflação de alimentos no domicílio ficou em 1,34%, ante 0,75% em novembro, uma alta bem significativa. Acredito que essa alta se deve aos problemas climáticos que os produtores vêm enfrentando, impactando a produção de alimentos e encarecendo os preços”, afirma.

Maykon Douglas, economista da Highpar, avalia que “as pressões altistas mensais não diferiram muito do que temos visto nas últimas sondagens”. “A inflação veio mais espalhada do que em novembro e o maior impacto veio novamente dos preços de alimentos e bebidas, com destaque aos consumidos em domicílio, em razão da variação climática”, diz.

“Embora os preços subjacentes tenham vindo acima do esperado na margem, inclusive o núcleo de serviços, e o El Niño ainda demande atenção, o processo de desinflação prossegue a seu ritmo”, explica Maykon. “O IPCA terminou o ano com um nível qualitativo muito melhor que nos dois anos anteriores, com o efeito da política monetária restritiva. Mais uma vez, o IPCA na margem não trouxe grandes novidades ao Banco Central.”

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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