Inflação nos EUA vem abaixo das projeções do mercado
No mês passado, o índice de inflação nos Estados Unidos teve alta de 0,1% em relação a outubro e de 7,1% no acumulado de 12 meses
atualizado
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A taxa de inflação nos Estados Unidos em novembro veio abaixo das estimativas do mercado. No mês passado, o índice teve alta de 0,1% em relação a outubro e de 7,1% no acumulado de 12 meses.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13/12) pelo Departamento do Trabalho do governo americano.
Tanto o resultado mensal quanto a taxa anual vieram abaixo das projeções. O consenso Refinitiv estimava uma alta de 0,3% em novembro (em relação a outubro) e de 7,3% no acumulado de 12 meses.
O núcleo da inflação, que exclui a variação dos preços de alimentos e energia, avançou 0,2%, após alta de 0,3% em outubro – foi o menor aumento desde agosto de 2021. Em 12 meses, o indicador ficou em 6%.
De acordo com o Departamento do Trabalho, os preços do setor de habitação foram os que mais contribuíram para o índice geral em novembro.
Já os preços da energia tiveram queda de 1,6% no mês passado (ante alta de 1,8% em outubro). A gasolina recuou 2% (ante aumento de 4% no mês anterior).
Banco Central dos EUA definirá juros
Os dados de inflação nos Estados Unidos, maior economia do planeta, eram aguardados pelo mercado em todo o mundo, inclusive no Brasil.
O anúncio da inflação ocorre um dia antes da reunião do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), na quarta-feira (14/12), que definirá os juros da economia americana.
O eventual aumento dos juros nos EUA incentiva a aplicação em papéis no Tesouro americano, mais seguros e com baixo risco de perdas. A aplicação em países de economia emergente, como o Brasil, é considerada de maior risco por causa da instabilidade desses mercados. Em linhas gerais, quando os juros sobem, os títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA se tornam ainda mais vantajosos, o que gera um fluxo de investimento maior em sua direção.
O câmbio também é diretamente atingido pela alta dos juros americanos. O maior volume de investimento nos EUA leva à valorização do dólar em relação a outras moedas, especialmente as dos países emergentes.