Inflação na zona do euro desacelera de 7% para 6,1% em maio
Na base de comparação mensal, a inflação na zona do euro teve variação nula; mesmo com desaceleração, Banco Central Europeu subiu juros
atualizado
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A inflação na zona do euro veio dentro do esperado em maio, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (16/6) pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou em 6,1% no mês passado, ante 7% em abril, na comparação anual.
Na base de comparação mensal, a inflação na zona do euro teve variação nula.
Os dados vieram em linha com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, e também com os dados preliminares divulgados pelo Eurostat no início de junho.
O núcleo de inflação, que exclui as variações de preços de energia e alimentos, desacelerou de 5,6% para 5,3% entre abril e maio.
A inflação anual desacelerou em 26 países da União Europeia e aumentou em apenas um. As menores taxas foram de Luxemburgo (2%), Bélgica (2,7%), Dinamarca e Espanha (ambas com 2,9%).
As maiores foram registadas na Hungria (21,9%), na Polônia e na República Tcheca (ambas com 12,5%).
Aumento de juros continua
Apesar da desaceleração da inflação, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a austeridade na política monetária e aumentou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, em reunião concluída na quinta-feira (15/6). Foi o oitavo aumento consecutivo dos juros.
Com isso, a taxa de refinanciamento (a principal) definida pelo BCE subiu de 3,75% para 4%, enquanto a taxa sobre depósitos avançou de 3,25% para 3,5%. A taxa sobre empréstimos marginais foi de 4% para 4,25%. A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos Bancos Centrais para conter a inflação.