Inflação do aluguel: IGP-M tem segunda deflação e cai 1,84% em maio
Baixa na inflação pelo IGP-M foi puxada por preços de soja e minério de ferro. Queda em 12 meses é de 4,47%
atualizado
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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, segundo divulgado nesta terça-feira (30/5) pela Fundação Getúlio Vargas.
O IGP-M, usado para reajuste de contratos de aluguel, continuou no movimento de deflação após queda de 0,95% em abril. A variação de abril havia sido a primeira deflação desde fevereiro de 2018.
- No acumulado em 12 meses até maio, o índice teve queda de 4,47%.
- No ano, a queda é de 2,58%.
O IGP-M de maio veio acima das projeções do mercado, cujo consenso apontava deflação menor, de 0,45%.
Queda nas commodities
O resultado foi influenciado por uma queda nos preços das principais commodities. O movimento levou a uma deflação também no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 2,72% em maio, segundo divulgado pela FGV nesta terça-feira.
“A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA”, disse em nota André Braz, coordenador dos Índices de Preços na FGV.
Pela composição de sua cesta, o IGP-M é um dos índices inflacionários mais usados para refletir preços de commodities e efeitos do dólar. O índice é também conhecido como “inflação do aluguel”, por seu uso no reajuste de contratos.
Minério de ferro cai mais de 13% no IGP-M de maio
No mês, tiveram quedas expressivas o minério de ferro (de -4,41% em abril para -13,26% em maio) e a soja (de -9,34% para -9,40%).
A queda forte no preço do minério de ferro ajuda a puxar para baixo as ações da Vale, que caíam 1,6% na bolsa na manhã desta quinta-feira.
Dos itens de matéria-prima que subiram de preço, um destaque foi o leite in natura, que foi de 1,99% em abril para 3,92% em maio no IGP-M.
No grupo de Bens Intermediários, houve queda menor em maio, de 1,49% (após 1,74% em abril). A deflação menor foi impactada por materiais e componentes para manufatura, que tiveram queda de 0,61%, menor do que a vista em abril, de 1,23%.