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Inflação dos EUA esfria, mas alta de preços persiste e consumo para

Indicador de inflação da autoridade monetária dos EUA indica desaceleração em março; analistas dizem que ‘luz de alerta’ está ligada

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1 de 1 Imagem colorida do escudo do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA - Metrópoles - Foto: Alex Wong/Getty Images

A inflação dos Estados Unidos (EUA) mostrou desaceleração em março, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (28/4). Isso é o que mostra o índice de Despesas de Consumo Pessoa, indicador do Federal Reserve.

A luz de alerta está ligada, dizem analistas, porque os preços continuam subindo rapidamente e o consumo apresentou cenário de estagnação no mesmo período.

O “núcleo” do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA não contabiliza as variações de preços de alimentos e energia, considerados itens mais voláteis. Também apresentou tendência de queda — embora de maneira muito mais moderada —, quase estável no mês passado.

O índice de Despesas de Consumo Pessoal mostra alta de 4,2% no ano até março, abaixo dos 5,1% medidos no ano até fevereiro.

Essa medida aumentou 4,6% no ano, em comparação com 4,7% na leitura anterior – um número revisado para cima posteriormente.

Os dados do Federal Reserve evidenciam que a inflação dos EUA está esfriando, mas que o processo continua instável e indicando pressões de preços com poder de permanência, fazendo com que ainda leve muito tempo para que as coisas voltem ao normal na economia do país.

Há também o risco de o Federal Reserve decidir pelo aumento dos juros da economia local novamente já no próximo mês.

Custos em alta

O aumento dos salários nos EUA registrou avanço de 5,1% em 2023 ante o ano anterior e 1,2% em relação a dezembro, de acordo com dados do Departamento do Trabalho.

Apesar do cenário de crescimento dos salários seguir com força no primeiro trimestre de 2023, a situação configura um dilema.

Isso porque, apesar de se tratar de uma excelente notícia para os trabalhadores, o quadro atual representa um grande complicador para o Federal Reserve em sua batalha para conter a inflação sem causar uma recessão na economia norte-americana.

Salários compõem um dos fatores fundamentais na hora em que as empresas calculam os custos para chegar aos preços de bens e serviços. O cenário atual do mercado de trabalho nos EUA é de muito mais empregos disponíveis do que trabalhadores para preenchê-los. E isso estaria aumentando os salários a uma taxa insustentável, contribuindo para a inflação.

Enquanto isso, a autoridade monetária dos EUA tem elevado insistentemente as taxas de juros há mais de um ano como parte dos esforços para esfriar a economia e reduzir a inflação.

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