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Inflação do Brasil em 2022 fica abaixo da Europa e é 6ª menor do G20

Além de menor que a dos EUA, inflação no Brasil foi mais baixa que as de Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal e UE

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Além de ficar abaixo da alta de preços acumulada nos Estados Unidos pela primeira vez desde 2007, a inflação registrada no Brasil em 2022 também foi menor do que os índices do Reino Unido e dos principais países da União Europeia.

Com a divulgação dos últimos dados oficiais na Europa nesta semana, um cenário que já esperado pelo mercado se concretizou: o Brasil aparece abaixo de países como Alemanha, Itália, França e Espanha no ranking de inflação do ano passado.

Em 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou com alta acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC) pelo segundo ano consecutivo.

Mesmo assim, quando comparada à situação de algumas das principais economias do mundo, a inflação brasileira pode ser considerada aceitável.

No Reino Unido, a inflação de 2022 ficou em 10,5%. Apesar de os preços terem desacelerado em dezembro, a taxa é bem superior à brasileira. No caso britânico, os preços de restaurantes, hotéis, alimentação e bebidas continuam puxando o indicador para cima, enquanto os setores de transporte – especialmente os combustíveis –, vestuário, recreação e cultura vêm contribuindo para a desaceleração.

Maior economia da Europa, a Alemanha também fechou o ano passado com a inflação nas alturas: 8,6%, o maior percentual dos últimos 70 anos, puxado, principalmente, pela escalada de preços de energia e alimentos desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

A Itália é outro país europeu que esboça uma desaceleração da inflação nos últimos meses, mas mantém um índice superior à alta de preços no Brasil. Em 2022, o país registrou inflação acumulada de 11,6% em relação ao ano anterior. Em Portugal, a inflação bateu o recorde dos últimos 30 anos: 7,8%, índice mais alto desde 1992.

França e Espanha, apesar de terem terminado o ano com taxas bem menores do que Reino Unido, Alemanha e Itália, também ficaram ligeiramente acima do IPCA brasileiro. O Índice de Preços ao Consumidor na França teve alta de 5,9% e, na Espanha, de 5,7% (praticamente o mesmo percentual do Brasil).

A inflação da zona do euro como um todo, divulgada nesta quarta-feira (18/1), ficou em 9,2% no acumulado de 2022.

G20

Já entre os países que compõem o G20 (grupo das 19 maiores e mais importantes economias do mundo e a União Europeia), o Brasil terminou 2022 com a sexta menor taxa de inflação, de acordo com dados da Austing Rating.

No ano passado, só tiveram inflação menor do que a brasileira China (1,8%), Arábia Saudita (2,9%), Japão (3,9%), Coreia do Sul (5%) e Indonésia (5,5%).

A líder do ranking de alta de preços em 2022 é a Argentina, com taxa anual de espantosos 95%. Em seguida, aparecem Turquia (64%), Rússia (12%), Itália, Reino Unido, zona do euro e Alemanha.

Completam a lista, ainda com índices de inflação maiores que o do Brasil, México (7,8%), África do Sul (7,5%), Austrália (7,4%), Estados Unidos (6,5%), Canadá (6,4%), Índia (5,9%), França e Espanha que não faz parte do G20, mas é considerada convidada permanente do grupo.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Banco Central agiu mais rápido no Brasil

Segundo especialistas consultados pelo Metrópoles, a política de aumento da taxa básica de juros da economia (Selic), conduzida pelo Banco Central (BC) para conter a inflação, foi um fator decisivo para que a alta de preços fosse contida no país mais rápido do que nos EUA e na Europa.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços — os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em dezembro do ano passado, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano – foi a terceira reunião consecutiva em que a taxa não foi alterada. Os juros básicos seguem no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estavam em 13,75% ao ano.

“A reação mais rápida do BC ajudou no controle mais acelerado do processo inflacionário no Brasil, quando comparamos com as situações americana e europeia”, afirma Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset.

“O Fed e o Banco Central Europeu demoraram mais e iniciaram o ciclo em uma velocidade menor, ainda que tenham acelerado em seguida. Como há defasagem importante entre a subida de juro e o seu efeito sobre a atividade e a inflação, temos essa diferença no resultado final entre o nosso país, os EUA e a Europa”, explica. “Nesses casos, o timing é extremamente importante e o BC saiu na frente.”

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