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Inflação desacelera e fica em 0,24% em outubro, abaixo do esperado

No acumulado de 12 meses, até outubro, a inflação oficial do país foi de 4,82%. No ano, a inflação acumulada é de 3,75%, segundo o IBGE

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1 de 1 Imagem colorida mostra mulher pesando banana no caixa de mercado - Metrópoles - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,24% em outubro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Após uma série de altas nos meses anteriores, o resultado de outubro mostra que a inflação desacelerou em relação a setembro, quando foi de 0,26%.

No segundo semestre, houve queda de preços em junho, quando o IPCA teve deflação de 0,08%. Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.

Em julho, o índice foi de 0,12%Em agosto, de 0,23%.

No acumulado de 12 meses, até outubro, a inflação oficial do país foi de 4,82%. No ano, a inflação acumulada é de 3,75%.

O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,29% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,87%. Divulgado há duas semanas, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,21% em outubro.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,63%, abaixo do teto da meta definida pelo CMN.

Passagem aérea puxou índice em outubro

Os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em outubro. Transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%) contribuíram, cada um, com 0,07 ponto percentual para o índice geral.

“É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores, como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, afirma André Almeida, gerente do IPCA.

O grupo de comunicação (-0,19%) foi o único que registrou queda no mês. Os demais ficaram entre 0,02%, de habitação, e 0,46%, de artigos de residência.

No grupo de transportes (0,35%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (23,7%), o item com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice cheio do mês.

Combustíveis

Em relação aos combustíveis (-1,39%), somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta. A gasolina (-1,53%), o gás veicular (-1,23%) e o etanol (-0,96%) recuaram em outubro.

Alimentação

No grupo alimentação e bebidas (0,31%), a alimentação no domicílio subiu 0,27% em outubro, após quatro quedas seguidas. Entre os principais destaques, estão as altas da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

No lado das quedas, os destaques foram o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

  • Artigos de residência: 0,46%
  • Vestuário: 0,45%
  • Transportes: 0,35%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,32%
  • Alimentação e bebidas: 0,31%
  • Despesas pessoais: 0,27%
  • Educação: 0,05%
  • Habitação: 0,02%
  • Comunicação: -0,19%
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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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