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Inflação de serviços sobe e preocupa, alertam economistas

Inflação de serviços no país passou de -0,06% para 0,62% entre maio e junho, de acordo com o IBGE. Dado é observado “com lupa” pelo BC

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Apesar da deflação de 0,08% registrada em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), economistas consultados pelo Metrópoles alertam sobre o aumento da inflação de serviços no país, que passou de -0,06% para 0,62% no período.

Já no acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 6,51%, em maio, para 6,21%, em junho. A inflação de serviços é usada como uma espécie de “termômetro” das pressões de demanda sobre os preços.

“A dinâmica da inflação de serviços é observada com lupa pelo Banco Central. E essa interpretação ainda inspira alguma cautela”, afirma Marco Caruso, economista-chefe do PicPay.

“A variação da abertura passou de -0,06% para 0,62%, refletindo a alta de 10,96% das passagens aéreas após queda de 17,73% em maio. Quando olhamos os núcleos que guardam maior relação com a atividade econômica, houve nova descompressão anual, mas a dinâmica dos últimos três meses, quando analisadas, apontam para uma estabilização e queda muito lentas desses itens. Esse é o principal desafio da desinflação brasileira até a meta de 3%”, diz o economista.

A resiliência da inflação de serviços também chamou atenção do C6 Bank.

“Apesar da deflação do índice geral de junho, a inflação de serviços subiu 0,62% no mês, acima da nossa projeção e do mercado. Isso mostra que a inflação de serviços segue pressionada. O mercado de trabalho aquecido é um fator que contribui para esta pressão”, diz o banco em nota divulgada pouco depois do anúncio do IBGE.

“Quando a taxa de desemprego está baixa, como agora, o custo de contratação de trabalhadores sobe e acaba sendo repassado para o preço dos serviços, que representam 30% do IPCA”, afirma o C6.

“Na nossa visão, a resiliência da inflação de serviços, a pressão nos núcleos e a expectativa de inflação ainda acima da meta são desafios à convergência da inflação à meta.”

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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