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Inflação atinge 98,8% em 12 meses na Argentina

Esse é o maior percentual em 22 anos. Alta em janeiro foi de 6%. Número veio acima das expectativas e superou a taxa de dezembro, de 5,1%

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Buenos Aires
1 de 1 Buenos Aires - Foto: Peter Adams/Getty Images

A inflação na Argentina atingiu 98,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Esse é o percentual mais alto desde outubro de 1991, quando o número ficou em 102,4%. Em janeiro, houve aumento de 6% no indicador, ante expectativa de 5,6%. O país fechou 2022 com taxa de 94,8%, após alta de 5,1% em dezembro.

Entre os aumentos registrados em janeiro, o destaque ficou com o grupo de alimentos e bebidas, com avanço de 6,8%. Há cerca de um mês, o ministro da Economia, Sergio Massa, esperava começar o ano com uma inflação mensal “com um 4 antes da vírgula”.

Em setembro, Massa divulgou um documento no qual se comprometia a reduzir a índice para 60%. Este limite foi a meta estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que liberou US$ 44,5 bilhões de créditos ao país. Como agravante, a crise econômica ocorre em meio aos preparativos para a eleição presidencial na Argentina, que ocorre neste ano.

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