Inflação anual da Argentina vai a 142,7%, a maior taxa em 32 anos
Em outubro, ela ficou em 8,3%, abaixo dos 12,7% de setembro. No domingo, os argentinos elegem novo presidente
atualizado
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A inflação anual da Argentina chegou a 142,7% em outubro, o maior índice desde 1991, ou seja, em 32 anos. O aumento no mês passado foi de 4,4 pontos percentuais em relação aos 138,3% registrados em setembro. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13/11) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Esse foi o último dado sobre a inflação divulgado pelo Indec antes da eleição do novo presidente argentino, que será feita em segundo turno, no próximo domingo (19/11). Concorrem ao cargo o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o candidato ultraliberal Javier Milei.
Considerado apenas outubro, a inflação registrou alta de 8,3%, na comparação com o mês anterior. O número desacelerou em relação a setembro, quando a taxa havia aumentado 12,7%, a maior alta em 21 anos.
A inflação de outubro foi puxada pelo setor de comunicação, com aumento de 12%, seguido pelo segmento de vestuário (11%), eletrodomésticos (10,7%) e bebidas (9,8)%.
A Argentina tem a segunda maior inflação da América Latina. Na região, ela só perde para a Venezuela, cujo índice está em 318% ao ano. No Brasil, a taxa acumulada em 12 meses é de 4,82%.
Para combater a inflação, o Banco Central de República Argentina (BCRA) elevou a taxa básica de juros do país de 118% para 133% ao ano, em meados de outubro. No Brasil, ela está em 12,25%.