Inflação acelera para 0,8% na última semana de janeiro
Com o resultado registrado em janeiro, o indicador semanal de inflação medido pela FGV acumula alta de 4,61% nos últimos 12 meses
atualizado
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O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,8% na quarta quadrissemana de janeiro, após avançar 0,62% na terceira leitura do mês.
Com o resultado, o indicador de inflação acumula alta de 4,61% nos últimos 12 meses. Até a terceira quadrissemana de janeiro, o avanço era de 4,42% na mesma base de comparação.
O resultado veio acima das projeções do mercado, que oscilavam entre 0,67% e 0,73% para a inflação no primeiro mês do ano.
Quatro das oito categorias de despesas que compõem o índice registraram aumento em janeiro. A maior contribuição para o resultado do IPC-S veio do grupo de educação, leitura e recreação, com alta de 3,28% (ante 2,14% da semana anterior).
As taxas também variaram positivamente para os grupos de transportes (0,61% para 0,92%), despesas diversas (0,26% para 0,97%) e habitação (0,11% para 0,26%).
Por outro lado, houve desaceleração da inflação nos grupos de alimentação (0,63% para 0,48%), saúde e cuidados pessoais (0,52% para 0,42%), vestuário (0,22% para -0,08%) e comunicação (0,75% para 0,73%).
O IPC-S
O IPC-S mede a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos mensais.
O indicador integra o sistema de índices de preços ao consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), que também inclui: IPC-3i, IPC-C1, IPC-DI, IPC-10 e IPC-M.
Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento. O intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de um dia.
Inflação no Brasil
Segundo a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada na segunda-feira (30/1), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,74% – a projeção da semana passada era de 5,48%. Foi a sétima semana consecutiva de alta.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,84% para 3,9%) e mantiveram a de 2025 (3,5%).
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.