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Produtividade na indústria permaneceu estável no segundo trimestre

Cenário é resultado de aumento, a um ritmo semelhante, das horas trabalhadas em relação à produção, aponta levantamento da CNI

atualizado

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Divulgação/CNI
Produção de Papel e Celulose - São Paulo/SP, Mogi das Cruzes/SP
1 de 1 Produção de Papel e Celulose - São Paulo/SP, Mogi das Cruzes/SP - Foto: Divulgação/CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quinta-feira (17/10), o relatório de produtividade da indústria referente ao segundo trimestre de 2024. Segundo o estudo, a produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira permaneceu praticamente estável, com uma leve variação negativa de -0,3% em relação ao trimestre anterior, sem considerar efeitos sazonais. O indicador é calculado pela relação entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção.

O crescimento de 0,9% na produção, combinado com o aumento de 1,3% nas horas trabalhadas, resultou em uma quase estabilização do indicador. Esse comportamento reflete uma acomodação no ritmo de crescimento das horas trabalhadas, enquanto a produção manteve-se em alta. Mesmo com desafios climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a produção industrial seguiu em crescimento no período, destacando a resiliência do setor.

“Esse comportamento reflete acomodação das horas trabalhadas, que cresceu a um ritmo menor que o apresentado no primeiro trimestre do ano, acompanhada de manutenção do ritmo de alta da produção.”, explica a gerente de Política Industrial da CNI, Samantha Cunha.

O relatório também apresenta boas perspectivas para o futuro. A demanda interna por bens manufaturados aumentou nos últimos três trimestres, e a expectativa é de que, com a integração de novos trabalhadores e o fim dos ciclos de treinamento, haja uma melhora na produtividade por trabalhador. Além disso, políticas como a Lei de Depreciação Acelerada e o programa Brasil Mais Produtivo, aliados a um ambiente de negócios favorável, devem continuar a impulsionar o desempenho da indústria brasileira​

“É o caso das linhas de financiamento do eixo Indústria Mais Produtiva do Plano Mais Produção, do programa Brasil Mais Produtivo, no âmbito do plano Nova Indústria Brasil, e a recém regulada Lei de Depreciação Acelerada. Também concorre para o sucesso dessas medidas a garantia de um ambiente de negócios favorável ao investimento”, enfatiza Samantha Cunha.

Principais problemas

A indústria teve dificuldade de elevar a produção ao longo do ano por conta da baixa demanda por bens manufaturados, que caiu 1,7% em 2023. Essa demanda interna insuficiente foi um dos principais problemas enfrentados pela indústria ao longo do ano passado, de acordo com a Sondagem Industrial da CNI, e impactou cerca de 30% das empresas.

Na última década (2013-2023), a produtividade acumulou queda de 1,2%. Esse resultado reflete redução de 16,5% nas horas trabalhadas e redução maior no volume produzido, de 17,4%. A demanda retraída e as elevadas taxas de juros foram entraves para o aumento do investimento. Para a CNI, a retomada desse investimento é fator-chave para a produtividade seguir uma trajetória de crescimento de forma mais acelerada e sustentada.

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