Setor de máquinas e equipamentos melhora, mas segue pior que em 2023
Recuperação na receita líquida na comparação com o mês de maio foi puxada pela melhora das vendas no mercado doméstico, que cresceu 16,9%
atualizado
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A receita líquida total de venda de máquinas e equipamentos recuou 9,6% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, mas subiu 10,4% ante o mês anterior, para R$ 23,16 bilhões. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (31/7) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A recuperação na receita líquida na comparação com o mês de maio foi puxada pela melhora das vendas no mercado doméstico, que cresceu 16,9%, chegando a R$ 18,2 bilhões.
“Em 2024, o setor de máquinas e equipamentos vem apresentando um resultado inferior ao do ano passado, contudo, no mês de junho, já é possível observar uma melhora em alguns indicadores, de forma mais recorrente, o que sugere uma tendência de melhora. Entre os segmentos que compõem o setor, os que registraram crescimento no ano são os ligados a máquinas para bens de consumo, para logística e construção civil e de componentes”, explica Leonardo Gatto Silva, coordenador de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq.
Exportações
No primeiro semestre deste ano, houve uma queda das exportações nos mercados tradicionais de máquinas e equipamentos. Na América do Norte, o principal destino das máquinas nacionais, a queda foi de 1,5%, mesmo com incremento de 12,9% das exportações para o México.
Na América do Sul, a queda foi de 25,1%, como reflexo da redução de 41,2% nas aquisições da Argentina. Outros países da região também registraram retração nas compras neste primeiro semestre, como Paraguai, Chile e Colômbia.
No período, houve crescimento nas exportações realizadas para poucos países da Europa, entre eles França e Itália, e também em outras regiões de menor peso no total, como Singapura, Arábia Saudita e Catar.
Importações
Nas importações de máquinas e equipamentos, houve queda de 9,3% no mês de junho de 2024 em relação ao mês maio de 2024, mas crescimento de 3,1% em relação ao mês de junho do ano passado. Com isso, no ano, as importações passaram a acumular crescimento de 6,5%.
Apesar da queda observada na ponta, dados do segundo trimestre de 2024 indicam tendência de alta nas importações. No período, o volume importado girou em torno de US$ 2,4 bilhões por mês, contra US$ 2,3 bilhões no trimestre anterior e US$ 2,2 bilhões considerando a média mensal de 2023.
As importações continuam a ganhar espaço no consumo doméstico. Dados acumulados até junho indicam market share de 45,2% contra 39,8% no primeiro semestre do ano passado.
No mês de junho, quando comparado com o mês de maio, dentre os segmentos de mercado, houve crescimento das importações de máquinas pela indústria de transformação (ferramentaria, fornos, máquinas ferramenta e equipamento de solda) e para logística e construção civil (máquinas para movimentação, construção civil e rodoviárias).