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Luiza Trajano: empresariado também é responsável pelo combate à fome

Presidente do conselho de administração do Magazine Luiza afirmou ainda que empresários não devem demitir, mas capacitar seus funcionários

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Paulo Pinto/Agência Brasil
Luiza Trajano no B20 Brasil
1 de 1 Luiza Trajano no B20 Brasil - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

“A fome, a desigualdade, não é uma responsabilidade só do governo. É uma responsabilidade de todos nós que estamos nesta sala”, declarou Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, nesta quinta-feira (24/10) durante sua participação no B20 Summit Brasil 2024, que acontece em São Paulo.

No painel que discutiu a importância de se investir no desenvolvimento do capital humano, Luiza defendeu a participação do setor privado na formação e atualização dos profissionais. Segundo ela, apesar do fim de algumas funções nas empresas, não há necessidade de demitir funcionários. O correto é treinar e realocar estas pessoas em uma nova área.

“Nós temos que dizer que não vai ter desemprego. Essa mudança é muito importante e exige aumento de nível de consciência, exige treinamento, exige a participação do CEO, do presidente da empresa, do governo”, afirmou.

Ela citou como exemplo a mudança que aconteceu no Magalu com a digitalização da empresa. A equipe que antes vendia crediário para os clientes nas lojas físicas, foi capacitada para trabalhar nos centros de distribuição e agilizar as compras realizadas no ambiente digital.

Na avaliação de Luiza, seus colegas empresários precisam perceber que o mundo mudou e que o consumidor tem novas demandas. Além de demandar preço baixo, as pessoas que compram pela internet também querem velocidade.

“Dez anos atrás eu nunca pensava nisso, que você falava em 30 dias para entregar. Hoje você tem que falar em uma hora”, afirmou.

Pequenos negócios contra a fome

Durante o evento, o presidente do Sebrae, Décio Lima, assumiu o compromisso de engajar os pequenos negócios no combate à fome, que é um compromisso do governo Lula na presidência do G20. Segundo ele, a parceria entre pequenos e grandes negócios pode ser o caminho na busca por um mundo inovador e sustentável em meio a uma economia crescente e globalizada.

“Um mundo inovador, que traz qualidade de vida para todos nós, um mundo sustentável que vai garantir uma existência planetária de longevidade, um mundo de uma economia crescente e formalizada: ele não pode ser um mundo de exclusão. Esse mundo tem que ser de inclusão. Não podemos nos permitir viver com 750 milhões de seres humanos jogados ao léu da própria sorte, nas feridas da fome e da miséria. Eu tenho certeza de que o espírito empreendedor de todos vocês que estão aqui, pessoas extremamente humanizadas de causa e construção de um novo modelo, que a gente possa deixar um legado muito melhor que aquele que recebemos”, afirmou.

O B20 Summit Brasil 2024 reuniu mais de mil executivos para debater assuntos relacionados ao combate à fome e à pobreza, soluções para emergências climáticas e governança internacional.

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