Itália quer parceria com Brasil para enfrentar mudanças climáticas
Durante o fórum na Fiesp foram assinados memorandos de cooperação para o aprofundamento das relações entre Brasil e Itália
atualizado
Compartilhar notícia
“Uma estratégia sem viés ideológico”, assim deve ser o enfrentamento das mudanças climáticas na avaliação do vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani. Ele participou, nesta quarta-feira (9/10), do Fórum Empresarial Brasil-Itália realizado na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Durante o evento, foram assinados memorandos de cooperação para o aprofundamento das relações entre os dois países.
“A luta contra as mudanças climáticas é uma prioridade, mas, como sempre dizemos, deve ter uma estratégia pragmática. Se esta luta se tornar ideológica, corremos o risco de travar uma batalha na teoria, sem obter resultados, penalizando antes a indústria, as empresas e a agricultura”, declarou.
Na avaliação de Tajani, a agenda climática precisa caminhar junto com a política industrial para que o setor produtivo não perca a competitividade.
Durante a abertura do fórum, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, afirmou que a indústria brasileira é favorável ao Acordo União Europeia-Mercosul. A afirmação foi bem recebida pelo vice-primeiro-ministro italiano, que disse também estar trabalhando para remover os “poucos obstáculos” para a conclusão positiva do acordo comercial entre os dois blocos econômicos.
Por fim, Tajani disse que o Mercosul é considerado como uma “prioridade política” pelo governo italiano e citou a proximidade da Itália com a capital paulista.
“São Paulo é a maior cidade italiana do mundo, existem milhões de brasileiros que têm origem italiana. Não podemos nos afastar do Brasil de forma alguma”, declarou.