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Investimentos em gás natural podem gerar 436 mil empregos

Investimentos no setor de gás natural podem alcançar R$ 94,6 bilhões nos próximos anos. Firjan divulgou nota endossando programa do governo

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Divulgação/Firjan
Gasodutos no Rio de Janeiro
1 de 1 Gasodutos no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação/Firjan

Os investimentos em gás natural podem gerar 436 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo especialistas, as vagas serão uma consequência dos investimentos no setor, que podem alcançar R$ 94,6 bilhões nos próximos anos,  incluindo os valores investidos em plantas de fertilizantes nitrogenados.

A EPE estima ainda um acréscimo no Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de R$ 79 bilhões e aumento na arrecadação de impostos federais da ordem de R$ 9,3 bilhões, que podem ser aplicados em outras políticas públicas e projetos sociais.

Na última segunda-feira (26/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), assinaram o decreto que consolida as ações do programa Gás para Empregar. A iniciativa visa aumentar a oferta de gás natural e diminuir o preço ao consumidor final, contribuindo com a neoindustrialização da economia nacional e gerando emprego e renda para a sociedade brasileira.

O programa foi visto com bons olhos pelo setor. Nesta quarta-feira (28/8), a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nota na qual expressa seu apoio às medidas e afirma que o programa representa “um marco significativo para o mercado de gás natural no Brasil”.

Segundo a Firjan, o decreto incorpora propostas apresentadas pela federação quando da participação nos grupos de trabalho do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Em particular, destaca-se a análise em cluster dos campos produtores para viabilizar o escoamento de gás, especialmente quando a avaliação individual de cada plataforma não demonstra viabilidade.

Na avaliação da entidade, o planejamento para otimizar o uso das infraestruturas de escoamento e processamento, assim como o fortalecimento do regulador “demonstram o avanço necessário para o desenvolvimento sustentável do mercado. É salutar, ainda, a Resolução do Conselho Nacional de Política Energética que autoriza a inserção da PPSA (Pré-Sal Petróleo) como um novo agente comercializador de gás natural ao consumidor final”.

A Firjan também reconhece a importância do atendimento a pleitos antigos por maior transparência na formação dos preços, assegurando um ambiente de mercado “mais justo e competitivo” e a busca pela redução da reinjeção, sempre fundamentado na boa técnica e viabilidade econômica. “Com este decreto, o Brasil dá um passo na melhoria do aproveitamento do gás natural para agregar valor em nosso país, promovendo uma maior eficiência e segurança energética”, diz o documento.

Novos dutos

O decreto do governo federal abre caminho para a diversificação da oferta de gás natural no Brasil. O Gasoduto Rota 3, com capacidade para 18 milhões de metros cúbicos por dia, deve ser inaugurado ainda este ano. O duto da Petrobras possui aproximadamente 355 quilômetros de extensão total, sendo 307 quilômetros referentes ao trecho marítimo e 48 quilômetros referentes ao trecho terrestre, e escoará gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. A vazão de escoamento do gasoduto é de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia.

Já o Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas, com capacidade para produção de 18 milhões de m3/dia, está previsto para começar a operar 2028. Além disso, o Brasil tem potencial de oferta de gás não convencional de 32 milhões de metros cúbicos por dia, além de 60 milhões de biometano.

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