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Uso de inteligência artificial na indústria eleva produtividade em 38%

De acordo com análise do Senai-SP, apresentada em evento na Fiesp, tecnologia também pode reduzir custos com energia em 11%

atualizado

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Ayrton Vignola e Everton Amaro/Fiesp
Ricardo Terra, diretor do SENAI-SP, e Marcello Souza, gerente de Inteligência de Mercado do SENAI-SP, participam de evento na sede da FIESP, em São Paulo, sobre inteligência artificial
1 de 1 Ricardo Terra, diretor do SENAI-SP, e Marcello Souza, gerente de Inteligência de Mercado do SENAI-SP, participam de evento na sede da FIESP, em São Paulo, sobre inteligência artificial - Foto: Ayrton Vignola e Everton Amaro/Fiesp

As aplicações de inteligência artificial (IA) para a indústria de transformação estão democratizadas, em termos de acesso e preços, e podem ser utilizadas por empresas de qualquer segmento e porte. Iniciar o processo pode ser gratuito e os ganhos são rápidos, levando à economia de em média 11% no custo da energia elétrica no segundo mês da aplicação e a saltos de produtividade de quase 40% em poucas semanas.

“Não há mais justificativas para não implantar aplicações de IA na indústria, independentemente de qual setor ela atue e do tamanho que tenha. As ferramentas necessárias estão muito mais baratas. Um sensor pode custar R$ 200 e vai melhorar o funcionamento de uma máquina, e há muitos processos podem ser implementados gratuitamente”, diz Marcello Souza, gerente de Inteligência de Mercado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI-SP).

Diagnóstico completo

Souza explicou que tudo começa num diagnóstico completo da empresa, que pode ser feito com a ajuda do SENAI-SP e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiros no programa Jornada da Transformação Digital. “O primeiro passo é entender o que a empresa faz corretamente e o que pode ser melhorado”, afirma Souza.

Ao participar de evento de comemoração do Dia da Indústria, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na sede das entidades, nesta segunda-feira (27/05), Marcello Souza contou que 18 mil indústrias paulistas já iniciaram a transformação digital e têm tido ganhos importantes de produtividade e economia de custos.

“Vemos uma média de 11% de economia em energia elétrica, um dos maiores custos das indústrias, a partir do segundo mês da jornada. E temos uma média de 38% de ganhos de produtividade ao longo do processo”, revelou o gerente do SENAI-SP.

Financiamento

A jornada é composta por oito etapas, que começam com um diagnóstico gratuito (para micro e pequena empresa e indústrias com até R$ 8 milhões de faturamento anual), passam por uma revisão da estratégia da empresa, otimização de processos, mapeamento (de captação de recursos, tecnologia e capital humano) e automação industrial. Por fim, são realizadas a digitalização de dados, a integração de cadeias produtivas e o desenvolvimento de soluções de análises preditivas e de adaptabilidade.

Ricardo Terra, diretor do SENAI-SP, informou que as empresas participantes da Jornada de Transformação Digital recebem, a partir das etapas 3 e 4, consultoria para acessar linhas de crédito para Capex (investimento em ativo fixo). “São linhas com juros baixos, prazos longos e carência de até seis meses”, diz.

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