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Quase metade das indústrias projeta vender mais este ano, aponta Fiesp

Três em cada 10 industriais ouvidos pelos pesquisadores da Fiesp afirmaram que pretendem realizar contratações na segunda metade do ano

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Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com 323 industriais na área da transformação revela uma leve melhora no otimismo para o segundo semestre deste ano. Quase metade dos empresários ouvidos (49,8%) indicou que o fechamento das vendas em 2024 será melhor que o de 2023. 

Ainda que vendam mais, os industriais paulistas não apostam em uma grande mudança: 45,8% deles esperam para a segunda metade do ano na manutenção da atual conjuntura; 33,4% disseram estar esperando melhora e 20,7% esperam piora.

Ao avaliar a primeira metade do ano, 39,3% indicaram piora no setor comparativamente ao mesmo período em 2023. No entanto, este percentual corresponde a uma redução 9,9 pontos porcentuais da percepção negativa, de 49,2%, no primeiro semestre de 2023 em relação a igual período em 2022.

Outros 30,7% atestaram ter visto melhoras e 30% demonstraram entender que, neste ano, até a metade do ano, se manteve igual ao ano passado. Três em cada 10 industriais ouvidos pelos pesquisadores da Fiesp, afirmaram que pretendem realizar contratações na segunda metade do ano. Este dado também é superior ao do ano anterior, quando 25,9% tinham esta indicação. 

“Há um equilíbrio na comparação com 2023, mas com certa melhora no otimismo em função da redução do desemprego e aumento da massa salarial que levou ao aumento do consumo. A produção geral da indústria em 2024 deverá crescer 2,2% ante uma variação de 0,1% em 2023. Quando olho para o PIB da Indústria da transformação, ele aponta para um crescimento de 1,5%. Há um ambiente que me parece estar melhor”, disse Igor Rocha, economista da Fiesp.

Isonomia tributária

Na avaliação de Igor Rocha, o otimismo dos executivos poderia ser maior se houvesse isonomia tributária para todos os setores e mesmas condições de crédito. Dessa forma, a indústria poderia trabalhar na fronteira tecnológica, como faz o agro. 

“A indústria é muito sensível porque não tem os mesmos mecanismos que são dados a outros setores para amortecerem os impactos decorrentes dos momentos de crises. Não existe, por exemplo, um Plano Safra para a indústria. O agro atua na fronteira da tecnologia enquanto a indústria trabalha com máquinas defasadas em 14 anos, em média. Por que não dão para a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial [Embrapi] o mesmo orçamento que dão para a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]?”, questiona Igor.

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