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Indústria diz que manutenção da Selic elevada dificulta o investimento

Representantes da indústria brasileira reclamam da manutenção da taxa em 10,5% ao ano e preveem reflexos no emprego e na renda

atualizado

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1 de 1 imagem colorida Fachada de prédio do Banco Central do Brasil - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Representantes da indústria de transformação criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa juros básica, a Selic, em 10,5% ao ano.

Os empresários defenderam que a autoridade monetária poderia ter promovido uma queda nos juros, justificando que a inflação está sob controle e que é preciso juros mais baixos para que haja condições de investimento.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi uma decisão “inadequada e excessivamente conservadora”.

“A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, para quem haverá reflexos negativos sobre o emprego e a renda.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avaliou que a decisão prejudica a recuperação de importantes setores econômicos do país. “Esse patamar elevado continua a limitar a expansão dos investimentos”, diz a nota da instituição, que destacou a falta de dinamismo do setor industrial.

A Firjan apontou a necessidade de regular a dívida pública por meio de controle dos gastos obrigatórios e pediu a preservação da autonomia do BC “para assegurar maior previsibilidade e transparência na condução da política monetária”.

Já a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) disse que a decisão “reflete uma postura cautelosa” diante da inflação, em patamares baixos para o padrão brasileiro. “O atual nível de juros gera preocupações significativas sobre os efeitos adversos no crescimento econômico. Com a Selic permanecendo alta, o custo do crédito continua a pressionar negativamente o setor produtivo, desestimulando investimentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do país”, diz a nota da Abimaq.

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