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Indústria da defesa precisa de 2% do PIB em investimentos, diz general

Diretor de Fabricação do Exército, general Tales Villela reforçou que a indústria da defesa precisa de “previsibilidade orçamentária”

atualizado

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Luiz Césio Caetano, vice presidente da Firjan
1 de 1 Luiz Césio Caetano, vice presidente da Firjan - Foto: Divulgação

O diretor de Fabricação do Exército, general Tales Villela, defendeu, na manhã desta quinta-feira (15/8), que a indústria da defesa precisa de “previsibilidade orçamentária” e reforçou o desejo da corporação de que o dinheiro reservado para a defesa chegue a 2% do PIB – como acontece em países desenvolvidos. “Tenho certeza que vamos chegar lá”, disse.

Hoje, o Brasil investe 1,1% do PIB, contra 2,3% da média mundial. Dados do Exército mostram que o parque industrial de defesa nacional representa 4,78% do PIB e gera 2,9 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. Ao todo, existem no país 237 empresas do setor de defesa.

O Brasil é ainda o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul. Em 2023, as exportações autorizadas foram de US$ 1,4 bilhão, sendo cerca de 125% a mais que em 2022. Vilella mencionou estudo da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) que mostra que cada R$ 1 investido em defesa movimenta R$ 9 na economia.

Segundo o general Tales Villela (foto em destaque), há ainda ganhos “intangíveis” como em soberania e poder dissuasório. “Temos diversos desafios. Acredito que se tivéssemos mais previsibilidade orçamentária as respostas seriam melhores”, disse Vilella.

O representante do Exército é um dos participantes do CNN Talks, realizado na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), e que reúne representantes do governo e da iniciativa privada para debater a Nova Política Industrial.

Inovação e tecnologia

Durante o evento, o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, apontou que os investimentos em tecnologia são fundamentais para o aumento da produtividade. Segundo ele, empresas apoiadas por tecnologias inovadoras são mais competitivas, produtivas e, consequentemente, absorvem maior participação do mercado global.

“A tecnologia e a inovação têm papel crucial em qualquer companhia de sucesso. A Firjan Senai entende isso e contribui para uma indústria mais forte, que busca a autossustentabilidade. Nos últimos anos, ampliamos nossa atuação na oferta de serviços tecnológicos, linhas de pesquisas e disponibilizamos toda nossa infraestrutura, equipamentos e corpo técnico para o desenvolvimento de soluções, que podem integrar diferentes competências e apontar respostas para as necessidades que o mercado exige”, explicou.

Parte de uma rede nacional com mais de 80 institutos, a Firjan Senai possui hoje no Rio de Janeiro três institutos de tecnologia, três de de inovação, além de dois núcleos setoriais de tecnologia com foco nos segmentos de alimentos e bebidas e de construção civil.

“Nossa estrutura possui laboratórios credenciados e uma equipe técnica altamente qualificada para oferecer as melhores soluções para a indústria. Por meio de pesquisa aplicada, os Institutos Senais de Inovação (ISI) promovem o desenvolvimento de novos produtos, processos e soluções industriais customizadas”, pontuou.

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