metropoles.com

Indústria, comércio e agricultura se unem por “taxa das blusinhas”

A “taxa das blusinhas” consta de projeto de lei que será votado no Senado; entidades querem a cobrança de 20% sobre importados de até US$ 50

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
imagem colorida mostra plenário do senado federal - metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra plenário do senado federal - metrópoles - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

As principais representantes da indústria, do comércio e da agricultura reiteraram, nesta quarta-feira (5/6), o pedido para que o Senado aprove o projeto de lei que revoga a isenção tributária de produtos importados que custam até US$ 50.

Para as entidades, a cobrança de imposto sobre essas compras “contribui pra restabelecer a isonomia tributária entre produtos nacionais e importados”, ajuda a garantir a manutenção de “milhões de empregos” e o crescimento da economia brasileira. O PL deve ser votado nesta quarta pelos senadores.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) assinaram uma nota conjunta, que teve o apoio também de centrais sindicais de trabalhadores. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) emitiu nota em separado.

As instituições defenderam a aprovação integral pelo Senado do texto aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 28 de maio. As instituições consideraram “um equívoco o relatório do senador Rodrigo Cunha, que retirou do texto do projeto a cobrança do imposto de importação de 20% para compras de até US$ 50 no exterior”.

“Minimizar a desigualdade”

De acordo com a nota da Fiesp, o pagamento do imposto é fundamental para a indústria brasileira, “penalizada por uma carga tributária desproporcional”. A Fiesp destaca que a indústria de transformação responde por 15,1% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo país, enquanto arcar com cerca de 30% da arrecadação.

“A medida contribui ainda para minimizar a desigualdade no país, dado que mais de 80% dos trabalhadores ligados aos setores mais afetados pela isenção recebem até dois salários mínimos”, argumentou a Fiesp.

CNI, CNA e CNC afirmaram que as importações sem tributação federal levam a indústria, o comércio e o agronegócio nacionais a deixar de empregar 226 mil pessoas. “Quem mais perde com a redução dos empregos são trabalhadores que ganham menos, principalmente as mulheres. As mulheres respondem por 65% do emprego nesses setores, ante a média nacional de 40%”, diz a nota conjunta.

Para as representantes setoriais, a alíquota de 20% “ainda é insuficiente para evitar a concorrência desleal”, mas é um primeiro passo rumo à isonomia tributária.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?