Fiesp revisa para cima projeção da produção industrial em 2024

O ritmo de crescimento do setor industrial acima do esperado nos últimos meses fez com que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) revisasse a projeção da produção industrial de 2,2% para 2,9% em 2024. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (02/10) pela entidade, a produção industrial ficou perto da estabilidade entre julho e agosto (+0,1%) , sem efeitos sazonais. Na variação acumulada em 12 meses, a produção industrial registra aumento de 2,4% .

Analisando os segmentos, os números mostram que a influência positiva mais importante foi assinalada pelas indústrias extrativas, que cresceram 1,1% no mês. Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram queda na produção, destacam-se os segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e a impressão e reprodução de gravações (-25,1%).

“Diante do conjunto de informações disponíveis até o momento, após um ritmo de crescimento do setor acima do esperado nos últimos meses, devido aos efeitos da forte dinâmica do mercado de trabalho, do expressivo crescimento da renda e da expansão do crédito, a Fiesp revisou a projeção da produção industrial de 2,2% para 2,9% em 2024”, ressalta Igor Rocha, economista da Fiesp.

Em relação às grandes categorias econômicas , na comparação com o mês anterior, sem influências sazonais, houve aumento na produção de bens de consumo semi e não duráveis (+0,4%) e bens intermediários (+0,3%). Já os segmentos de bens de capital (-4,0%) e de bens de consumo duráveis (-1,3%) assinalaram resultados negativos na passagem mensal.

Em nota, a Fiesp  disse avaliar que “a recuperação durante o ano vem sendo influenciada pelos efeitos da forte dinâmica do mercado de trabalho, do expressivo crescimento da renda e da expansão do crédito. Diante do conjunto de informações disponíveis até o momento, após um ritmo de crescimento do setor acima do esperado nos últimos meses, a Fiesp revisou a projeção da produção industrial de 2,2% para 2,9% em 2024”.

A depender de novos aumentos na taxa de juros, o cenário pode ser alterado.  Segundo a entidade, “o novo ciclo de aumento de juros tende a pesar contra a continuidade do processo de recuperação em curso para a indústria de transformação. Devido aos efeitos defasados da política monetária, as decisões de aumentar a taxa de juros atualmente, sobretudo em um ambiente em que as condições financeiras já estavam restritivas, terão efeitos sobre o nível de atividade industrial em 2025”, encerra o comunicado.