Fiesp: menos indústrias vão recorrer aos bancos para o 13º salário
Levantamento da Fiesp mostrou que quase 7 em cada 10 indústrias paulistas provisionaram recursos para pagamento do 13º salário
atualizado
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As indústrias de São Paulo estão menos dependentes dos bancos para o pagamento do 13º salário. Esse é um dos dados da nova edição da pesquisa Rumos da Indústria Paulista, conduzida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Esse ano, as indústrias que pretendem recorrer aos bancos representam apenas 9,8%: a menor participação desde 2008.
A média percentual da folha de pagamentos do 13º salário a ser solicitado aos bancos em 2024 é de 71,4 – também a menor desde o início deste levantamento. Para 67,9% das indústrias paulistas que solicitaram o financiamento bancário, o custo está mais alto ou muito mais alto que o ano anterior. Entretanto, é a menor fatia de indicação dos últimos quatro anos (2021: 88,6%, 2022: 80,3% e 2023: 71,4%).
O levantamento revelou que quase 7 em cada 10 indústrias do estado provisionaram recursos para o 13º salário, o maior percentual da série histórica.
O motivo de praticamente 9 em cada 10 empresas não solicitar financiamento bancário se deve principalmente à utilização de recursos próprios (79,5%). Entretanto, nota-se a observação indicada na resposta outros (8,5%) que as taxas de juros estão em patamares elevados.
Quanto às vendas de final de ano, 38,8% indicaram que será igual ao ano passado, 33,2% que será maior e apenas 28,0% menor que o ano anterior. Entretanto, a variação média para as vendas de final de ano é de queda de 2,7% em relação ao mesmo período de 2023. Quinto ano seguido com esta percepção (2020:-3,1%, 2021: -0,5%, 2022: -4,2% e 2023: -6,6%).
Ainda assim, 47,9% dos respondentes indicaram que os pedidos estão ocorrendo no mesmo momento.
Vagas
Mais da metade das indústrias paulistas está com vagas em aberto. Porém, essa fatia dos respondentes percebe que há falta de qualificação técnica dos candidatos (54,5%), ausência ou poucos candidatos às vagas (46,5%) e falta de experiência (42,3%).
As principais vagas em aberto estão relacionadas ao ambiente de produção, como operador de produção, torneiro CNC e mecânico, entre outros. Atualmente, os motivos apontados para a falta de mão-de-obra são: falta de interesse, falta de qualificação, falta de comprometimento, e os benefícios sociais.