Economia pode crescer mais de 2,5% em breve, diz Haddad
Ministro da Fazenda disse que Brasil não precisa de “nenhum choque” na política fiscal, mas de credibilidade. Haddad acredita em PIB maior
atualizado
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O Ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) afirmou que o governo tem uma agenda de ajuste fiscal que não compromete o crescimento da economia e garantiu que as reformas microeconômicas, como a tributária, contribuem para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial brasileiro.
Haddad disse saber que tem uma agenda difícil pela frente, de muito convencimento do Congresso e da Justiça, mas que a equipe econômica tem razões para acreditar que vai colocar o país em outro patamar. O ministro afirmou que, em breve, irá rever o crescimento do país para além dos 2,5%.
“A balança comercial brasileira está no seu melhor momento. As exportações estão crescendo, contra a previsão de muita gente. A economia está crescendo e eu diria que, em breve, iremos rever o crescimento da economia brasileira para além dos 2,5% previstos pela nossa Secretaria de Política Econômica”, afirmou.
As afirmações foram feitas durante a abertura do evento 2º Warren Institutional Day no início da tarde desta segunda-feira (12/8). Segundo o ministro da Fazenda, o sistema tributário, antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi considerado pelo Banco Mundial um dos 10 piores do mundo. Mas, segundo ele, após o período de transição da Reforma Tributária, o sistema brasileiro será um dos melhores do mundo.
“Nós temos todas as razões para entender que isso vai dar um choque importante aqui na economia brasileira, sobretudo de produtividade. A indústria brasileira precisa dessa Reforma Tributária para melhorar as suas condições de produtividade.”, pontuou o ministro.
Haddad disse ainda que o Brasil não precisa de “nenhum choque” na política fiscal, mas de credibilidade. Segundo o ministro, há alguns desafios pela frente, mas a agenda com o Congresso Nacional está caminhando, além de um trabalho em linha que vem sendo desenvolvido com o Supremo Tribunal Federal (STF) e Supremo Tribunal de Justiça (STJ), inclusive apresentando gráficos e mostrando para os ministros os impactos das decisões na economia.
“Temos os desafios de sempre, nossa agenda no Congresso tem que caminhar, as decisões judiciais estão bastante em linha com o que esperamos. Nós tiramos do mapa de risco judicial, fiscal do Brasil, R$ 1,4 trilhão em vitórias tanto no STJ quanto no STF, afastamos esses riscos”, pontuou.