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A indústria brasileira pede ao governo uma nova política para o setor e crédito farto e competitivo para promover a reindustrialização do parque fabril nacional “em bases mais modernas de desenvolvimento”.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), do contrário, “o Brasil corre o risco de continuar atrás na corrida global por inovação e competitividade”. A instituição classifica a questão como de “sobrevivência” para o país.
“Só é possível garantirmos um desenvolvimento social, um desenvolvimento justo e a busca da equidade com crescimento econômico”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, que esteve nessa terça-feira (28/05) à noite com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“O mundo está dando exemplo para todos: cuidem de suas indústrias que você está cuidando do seu desenvolvimento social, do seu crescimento econômico e sustentável. Estamos nesta caminhada sem excluir qualquer outro setor produtivo”, disse Alban.
O novo pedido da CNI e das 27 federações estaduais de indústrias pode ser encarado como o reconhecimento, por parte dos empresários, da morosidade da implementação da política industrial anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro deste ano, com R$ 300 bilhões destinados ao programa.
10 Princípios
A justificativa da CNI e das federações é de que as economias mais avançadas têm realizado investimentos maciços em suas indústrias enquanto o Brasil vai ficando para trás ao não acompanhar o investimento.
Os representantes do setor industrial propuseram ao governo 10 princípios orientadores para impulsionar o que chamaram de “agenda nacional de desenvolvimento”.
Entre esses princípios estão a nova política industrial, crédito abundante e barato, sistema tributário “moderno e eficiente”, redução do custo de capital, impulsionamento da inovação para a transformação digital e transição energética.