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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) jogou água na fervura e baixou a temperatura do discurso contra a Medida Provisória 1.227, que restringe as compensações de créditos de PIS e Cofins e está sendo chamada de “MP do Fim do Mundo”.
Em nota, o presidente da entidade, Ricardo Alban, afirmou estar “construindo um caminho para uma boa convergência” com o governo em torno da medida.
Nesta terça-feira (11/6), haverá uma reunião entre representantes dos setores produtivos, como indústria, agronegócio, comércio e serviços, para alinhar o discurso que será levado no mesmo dia a deputados e senadores no Congresso.
Avanços
O presidente da CNI relatou ainda que já foram realizadas conversas entre o governo e os representantes setoriais para compreender melhor os efeitos da MP sobre a atividade econômica. Segundo ele, houve avanço sobre diversos entendimentos deste a última sexta-feira (7/6).
“Sempre dentro do princípio de buscar efetividade nas entregas, e menos protagonismo midiático, isso tem nos permitido evoluir em possíveis entendimentos. Acredito que estamos construindo um caminho para uma boa convergência”, afirmou Alban.
Na última quarta-feira (5/6), ele havia abandonado, em Pequim a comitiva que estava em visita oficial à China e voltou mais cedo ao Brasil, como forma de pressão ao governo para derrubar a Medida Provisória.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última sexta-feira (7/6) que “haverá muita negociação” com o Congresso e com os representantes do setor produtivo em torno da aprovação da MP 1.227. O ministro disse também que a MP é uma “saneadora”, que houve muito mal-entendido sobre o texto e que a “indústria não entendeu a medida”.