CNI: brasileiros estão mais dispostos a consumir produtos sustentáveis
Pesquisa Sustentabilidade & Opinião Pública revelou que 88% da população adota com frequência mais de 5 práticas sustentáveis
atualizado
Compartilhar notícia
Brasileiros estão mais dispostos a consumir produtos que não comprometem o meio ambiente, mesmo que sejam mais caros. Esta é uma das descobertas da pesquisa Sustentabilidade & Opinião Pública, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quinta-feira (3/10).
“A preocupação dos brasileiros com hábitos mais sustentáveis vem sendo acompanhada por uma maior oferta de produtos por parte da indústria. As empresas perceberam, há anos, que a combinação entre inovação e sustentabilidade tem um papel essencial na descarbonização da produção. E que também é uma estratégia eficiente para atender a crescente demanda por bens e serviços de baixo impacto ambiental”, afirma o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.
Segundo o levantamento, a tendência dos brasileiros que não consumiam produtos ambientalmente sustentáveis, independentemente do preço, diminuiu de 28% em 2022 para 24% em 2024. Também aumentou o número de brasileiros que afirmam ser mais fácil encontrar produtos ambientalmente mais sustentáveis, passando de 26% em 2022 para 31% em 2024.
“Antigamente, quando se falava em competitividade, era só preço. Hoje, é preço e pegada ambiental. Por isso, essas empresas estão investindo na gestão eficiente de resíduos; em processos produtivos mais limpos, que racionalizam o uso de energia, água e matérias-primas; e em outras iniciativas verdes. A sustentabilidade já está nos planos estratégicos das indústrias e é nessa direção que o Brasil precisa caminhar rapidamente”, aponta o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
Hoje, 4 em cada 10 brasileiros consomem produtos que utilizam espécies da biodiversidade brasileira. O levantamento também revelou que 88% da população adota com frequência mais de 5 práticas sustentáveis. A pesquisa entrevistou, face-a-face, 2.002 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação.
Dentre as práticas sustentáveis adotadas pela população estão: evitar o desperdício de água, de comida e de energia, reduzir a produção de lixo, evitar jogar lixo nas ruas, reaproveitar a água e adotar serviços compartilhados, como transporte por aplicativos.
Quando se trata de reciclagem de todos os tipos de produtos, não apenas lixo, passou para 47% o percentual de brasileiros que afirma sempre separar os materiais. No ano passado, 44% adotavam a prática. Os principais itens separados são plástico em geral e garrafas PET (55%), alumínio (44%) e papel, papelão e jornal (36%).
De olho no crescimento deste mercado, a Fini renovou sua parceria com a eureciclo e, só no ano passado, reciclou mais de nove mil toneladas de embalagens pós-consumo. A parceria envolve a destinação de materiais equivalentes em tipo e peso das embalagens geradas com a venda dos produtos para a cadeia de reciclagem, a fim de reduzir o impacto ambiental dos resíduos pós-consumo.
Para esse ano, a marca estima alcançar 30% do volume de todas as embalagens que colocarem no mercado. Para Camila Vidal, head de marketing da eureciclo, a parceria com a Fini “reflete o compromisso de ambas as marcas com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental. Ver a Fini renovar o selo eureciclo e atingir a marca de mais de 9 mil toneladas de embalagens recicladas é um exemplo do impacto positivo que empresas podem gerar. Essa colaboração vai além do cumprimento da legislação: é uma oportunidade de transformar a cadeia de reciclagem, apoiar catadores e reforçar o movimento em prol de uma economia circular no Brasil”, concluiu.