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Atividade industrial de SP recua em maio puxada por veículos e comida

Recuo medido pela Fiesp foi de 0,9% em relação a abril e foi puxado pela queda de 2,2% na indústria da transformação paulista

atualizado

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A Refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia
1 de 1 A Refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia - Foto: null

A atividade da indústria paulista recuou 0,9% em maio, na comparação com abril, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3/7) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Apesar da queda, o resultado foi melhor do que a projeção da instituição, que era de queda de 1,2%.

O que puxou a queda foi a atividade ruim da indústria de transformação, que teve redução de 2,2% no mês. O setor teve forte influência do desempenho dos segmentos de veículos, com queda de 11,7% no mês, e de alimentos, que caiu 4% no período.

O resultado de maio só não foi pior porque a indústria extrativa teve melhora da produção na comparação com abril, com aumento de 2,6%. Outro segmento que compensou a queda da indústria de transformação foi o de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, com alta de 1,9% no período analisado.

A Fiesp informou ainda que o resultado negativo foi disseminado nas quatro categorias econômicas. As principais quedas foram registradas por bens de consumo duráveis (-5,7%) e bens de capital (-2,7%). Os setores produtores de bens intermediários (-0,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também apresentaram redução em maio.

A instituição destacou, no entanto, o processo de recuperação do grupo de bens de capital no ano.

“A categoria tem sido favorecida pela melhora das condições de crédito com a queda dos juros e pela recuperação da confiança dos empresários. A categoria de bens de consumo, por sua vez, vem sendo beneficiada pela expansão da renda das famílias, turbinada pelo pagamento de precatórios, combinada com o aumento real do salário-mínimo e um mercado de trabalho aquecido”, informou a Fiesp.

A instituição voltou a citar os juros altos como um problema para o setor. “Os efeitos positivos do processo de flexibilização da política monetária podem ser limitados devido à deterioração das expectativas em relação à taxa Selic para o final do ano. A manutenção dos juros mantidos em patamar restritivo por tempo prolongado traz risco para o ritmo de recuperação esperado para a indústria de transformação, setor mais sensível à política monetária”, escreveu a Fiesp.

Por fim, a instituição manteve a projeção de crescimento de 2,2% para a produção industrial paulista em 2024.

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