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Açúcar e carne impactaram queda de 1,4% da produção industrial

Apesar de recuo, Fiesp mantém projeção de crescimento da produção industrial de 2,2% para o ano de 2024

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Foto colorida mostra trabalhador em unidade agroindustrial da JBS - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra trabalhador em unidade agroindustrial da JBS - Metrópoles - Foto: Renan Aires/JBS

Apesar da queda de 1,4% na produção industrial entre junho e julho, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mantém a projeção de crescimento de 2,2% para o ano de 2024. Segundo nota divulgada pela entidade, a queda é apenas um movimento de acomodação depois de um crescimento de 4,3% em junho. O índice foi afetado para baixo por conta de alimentos como açúcar e carne.

Ainda que o resultado de julho tenha sido ruim, na comparação entre janeiro e julho de 2024 e o mesmo período de 2023, o setor industrial apontou crescimento de 3,2%. Para a Fiesp, é importante destacar a continuidade do processo de recuperação do grupo de bens de capital e bens de consumo duráveis. A primeira categoria tem se beneficiado da recuperação da confiança empresarial e do aumento da capacidade instalada, enquanto a segunda é impulsionada pela expansão da renda das famílias.

As duas categorias foram favorecidas, ainda, pela ampliação do crédito, mas Fiesp ressalta, em nota, que a manutenção dos juros em patamar restritivo por tempo prolongado “tende a pesar contra a continuidade do processo de recuperação esperado para a indústria de transformação”.

Pré-pandemia

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria se encontra 1,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011.

De junho para julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram queda na produção. As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%). Responsável pelo maior impacto negativo no resultado está o setor de produtos alimentícios (-3,8%), que eliminou o avanço de 2,6% registrado em junho.

No sentido oposto, entre as 18 atividades que apresentaram alta na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (12,0%) exerceram o principal impacto positivo em julho de 2024.

Também houve avanços expressivos nos ramos de produtos de metal (8,4%), produtos diversos (18,8%), produtos químicos (2,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%), máquinas e equipamentos (4,2%), impressão e reprodução de gravações (23,4%), produtos de borracha e de material plástico (3,5%), outros equipamentos de transporte (9,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).

Grandes categorias econômicas

Em relação às grandes categorias econômicas, ainda na comparação com junho, o setor de bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) apresentou a maior taxa negativa, eliminando parte do crescimento verificado no mês anterior (4,5%). O segmento de bens intermediários (-0,3%) foi outro a mostrar queda na produção, depois de avançar 2,3% em junho.

No sentido inverso, os setores de bens de capital (2,5%) e de bens de consumo duráveis (9,1%) alcançaram resultados positivos em julho de 2024 e intensificaram as expansões vistas no mês anterior com, respectivamente, 0,8% e 5,9%.

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