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Índice de confiança dos comerciantes na economia cai 16,4% em um ano

Empresários do setor temem cenário com juros altos, risco fiscal e aumento de tributos com a reforma. Perspectivas de contratação diminuem

atualizado

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Don Arnold/WireImage via Getty Images
Mulher em loja com manequins
1 de 1 Mulher em loja com manequins - Foto: Don Arnold/WireImage via Getty Images

No mês de novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 110,3 pontos, número que representou uma queda mensal de 1,9% e uma variação anual negativa de 16,4%, comparado a novembro de 2022. A informação é da pesquisa mensal sobre o tema, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com a CNC, todos os aspectos abordados no levantamento pioraram. Entre essas baixas, o destaque ficou com a avaliação das condições atuais (-5,4%), que mede a percepção dos empresários do comércio em relação à economia, ao setor e à própria empresa. O índice que afere as expectativas futuras não teve desempenho muito melhor. Ele apresentou o maior recuo desde abril de 2021, com redução de 0,6%.

“O risco fiscal, os juros ainda elevados e a possível majoração dos tributos, advinda da reforma tributária, por exemplo, são fatores que contribuem para um sinal de alerta para a atividade econômica do país”, diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros. 

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, responsável pelo levantamento do Icec, afirma que seis em cada dez empresários do setor percebem uma piora na atividade econômica e no desempenho das vendas, refletindo as incertezas do panorama atual. 

Menos contratações

Com isso, a intenção de investir na contratação de funcionários vem apresentando quedas consecutivas desde setembro e teve uma retração mensal de 1,1% em novembro. Mas, diante da necessidade de atender à demanda sazonal de fim de ano, a maioria dos comerciantes (69%) pretende aumentar o quadro de funcionários.

A confiança do empresário do comércio piorou nos três grupos de lojas do varejo: produtos de primeira necessidade (-5,1%); produtos duráveis (-2,5%); e produtos semiduráveis (-1,9%). Na comparação anual, o grupo de produtos duráveis registrou a redução mais expressiva (-18,8%), porque esses itens são mais afetados pelas condições de crédito, que “segue seleto e caro”, observa a CNC.

 

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