Inadimplência no rotativo do cartão de crédito bate recorde histórico
Em 2022, ela foi a maior já registrada pelo Banco Central (BC), que iniciou esse tipo de análise em 2011
atualizado
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A inadimplência no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas cresceu 9 pontos percentuais em 2022. Com isso, ela chegou a 44,7% no fim do ano passado, a maior taxa da série histórica elaborada pelo Banco Central (BC), iniciada em março de 2011.
No caso do cheque especial, a inadimplência subiu para 13,4%, a maior desde setembro de 2020. O número representou um crescimento de 1,9 ponto percentual nos últimos 12 meses.
No crédito livre como um todo, a inadimplência fechou o ano em 4,2%, o mesmo patamar de novembro e abaixo do recorde histórico, registrado em maio de 2017, de 5,9%.
A recomendação do BC é para que os endividados saiam do rotativo e tentem negociar com os bancos e as instituições financeiras modalidades de crédito com prazos maiores e taxas menores. Caso do crédito pessoal, por exemplo.
Os juros do rotativo do cartão de crédito fecharam 2022 em 409,3% ao ano, a maior taxa desde 2017 (quando atingiram 428% ao ano). Ela cresceu 13,9 pontos percentuais de novembro para dezembro e 61,9 pontos percentuais na comparação com o fim de 2021.
No crédito pessoal, a taxa caiu de 42% ao ano em novembro para 40,9% em dezembro. No fim de 2021, era de 37,6%.